Povos indígenas do Brasil acusam Bolsonaro de genocídio e ecocídio
Devido à morte de 1 162 indígenas durante a pandemia, foi feita uma denúncia no TPI que acusa o governo de agir deliberadamente para “exterminar” as comunidades nativas.
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Líderes dos povos indígenas no Brasil denunciaram o presidente Jair Bolsonaro perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), por crimes contra a humanidade e genocídio.
Devido à morte de 1 162 indígenas de 163 povos durante a pandemia de COVID-19, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) fez uma queixa junto do TPI afirmando que o governo de Bolsonaro agiu deliberadamente para “exterminar” as comunidades indígenas para “criar um Brasil sem povos indígenas ”.
Na data que marca o Dia Internacional dos Povos Indígenas, a organização pede ao Ministério Público do TPI que examine os crimes perpetrados contra os povos indígenas pelo Presidente Jair Bolsonaro, desde o início de seu mandato em janeiro de 2019, com especial destaque para o período da pandemia.
“Pela primeira vez na história, os povos indígenas comparecem perante o TPI, com o apoio de advogados indígenas, para se defenderem desses crimes” – indicou a Apib através de uma nota.
O documento de quase 150 páginas acusa o presidente de genocídio e de uma série de ações e omissões na gestão ambiental.
A denúncia indica que “existe uma política permanente de genocídio contra os povos indígenas no Brasil, combinada com a prática de diversos crimes contra a humanidade. São crimes praticados hoje”.
Os líderes indígenas afirmam que agosto será marcado por mobilizações dos povos que lutam pelos seus direitos e destacam o acampamento “Luta pela Vida”, agendado entre os dias 22 e 28 de agosto, em Brasília.
Segundo o jornal brasileiro Globo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que não teve acesso à denúncia, e portanto não se manifestaou sobre o caso.
(Agência Anadolu)
