ONG sobe para 2 905 as denúncias de violência policial e para 41 o número de mortos na Colômbia
A organização Temblores fez uma série de exigências ao governo de Iván Duque, perante as "formas sistemáticas de violência exercida pelos agentes da autoridade".
(AA)
A ONG Temblores, uma organização de defesa dos direitos humanos, aumentou o número de denúncias de violência policial para 2 905 e o número de mortos para 41, durante as mais de três semanas de protestos na Colômbia.
O último relatório da organização indica que, entre as 6h da manhã do dia 28 de abril e as 12 horas de 21 de maio, foram registados 855 casos de vítimas de violência física devido a ações da polícia, 1 264 prisões arbitrárias e 39 vítimas de agressões nos olhos.
O balanço também inclui 153 casos de tiros com armas de fogo e 575 intervenções violentas por parte das forças públicas.
Esta ONG fez uma série de exigências este sábado ao presidente Iván Duque, perante as “formas sistemáticas de violência exercidas pela força pública”.
Uma delas é permitir a visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), solicitada por este órgão a 14 de maio de 2021.
A ONG também quer "a reafirmação dos direitos constitucionais de protesto social, bem como o dever do Estado de prevenir o uso irregular e desproporcionado da força pública, a sua investigação e punição, com todas as garantias de independência judicial", bem como a rejeição das "ações claras e enfáticas tomadas pelas forças públicas que violarem os direitos consagrados na Constituição Política e outros compromissos internacionais de direitos humanos, adquiridos pela Colômbia”.
Os números de mortes da ONG Temblores são muito superiores aos relatados pelo Ministério da Defesa, que indicam 16 mortos (15 civis e um polícia), bem como 1 307 civis e 1 209 polícias feridos.
A Provedoria, por sua vez, fala em 42 denúncias de alegadas mortes e 168 casos de desaparecimentos.
