Guillermo Lasso foi eleito o novo presidente do Equador
Lasso foi o candidato com maior apoio das elites empresariais equatorianas.
AA - O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador indicou que o candidato de direita Guillermo Lasso, do Movimento CREO, foi eleito o novo presidente do país ao obter 52,52% dos votos, depois de contados 97,41% dos votos.
Na segunda volta das eleições, Lasso derrotou o candidato do Correismo, Andrés Arauz, que obteve 47,48% dos votos segundo dados da CNE.
No seu discurso de vitória, às 21h (hora local), Lasso disse que: “Vamos trabalhar determinadamente para que todos os equatorianos beneficiem da mudança para um país democrático (...), um país onde ninguém deve ter medo. Não venho com uma lista de quem quero perseguir ou ver na prisão, quero ver todos os equatorianos livres e que não tenham medo de discordar do presidente da República”.
Por sua vez, ao aceitar a derrota, Arauz disse que "Equatorianos, a partir de hoje, temos que voltar a ser um só Equador. Viva o Equador!"
Guillermo Lasso é um poderoso empresário e proprietário de sociedades financeiras. Esta foi a sua terceira tentativa de conquistar a Presidência, depois de se ter candidadato em 2013 e 2017.
O seu currículo incluiu vários cargos públicos, como Ministro da Economia em 1999 e Governador da província de Guayas em 1998.
Em 2003, aceitou o cargo de embaixador itinerante do Equador na presidência de Lucio Gutiérrez. A partir dessa posição, ele concentrou o seu trabalho no estabelecimento de acordos comerciais com vários países de todo o mundo.
Guillermo Lasso disse que o seu governo apoiará o setor agropecuário, com empréstimos de 30 anos a uma taxa de juros de 1%, e a redução das tarifas impostas sobre as importações de insumos agrícolas.
Outra proposta económicas que aliciou os equatorianos foi o cancelamento das dívidas inferiores a 2 000 dólares e a criação de um fundo de investimento para apoiar empresários agrícolas.
O chefe de Estado eleito garantiu ainda que terá uma relação harmoniosa com organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
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