Começou na Venezuela a consulta popular convocada pela oposição em resposta às eleições

O líder da oposição, Juan Guaidó, pediu uma consulta mista que vai decorrer até 12 de dezembro, para contrapôr às eleições parlamentares.

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Começou na Venezuela a consulta popular convocada pela oposição em resposta às eleições

Teve início esta segunda feira na Venezuela a consulta popular convocada pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, que procura neutralizar as eleições parlamentares realizadas no domingo e nas quais o partido do governo triunfou.

O processo eleitoral misto vai decorrer até 12 de dezembro.

Com esta iniciativa da sociedade civil venezuelana, Guaidó pretende referender o seu papel como presidente real do país.

Os cidadãos venezuelanos poderão participar à distância através de uma aplicação ou deslocarem-se pessoalmente no dia 12 de dezembro até um centro de votação.

Ao fim do primeiro dia de votação, Guaidó revelou que houve uma importante participação virtual: “Neste momento, há uma participação incrível através dos mecanismos remotos que foram disponibilizados para a consulta. A participação é muito maior do que o esperado" - afirmou o líder da oposição numa conferência de imprensa.

Guaidó garantiu que a oposição tem “absoluta confiança” de que o povo vai participar e “mobilizar-se”.

A consulta coloca aos cidadãos três perguntas em que podem responder 'sim' ou 'não'. Primeiro, se eles querem eleições presidenciais e parlamentares "livres e transparentes".

Em segundo lugar, se rejeitam as eleições legislativas de domingo, nas quais o partido de governo venezuelano retomou o controle da Assembleia Nacional (Parlamento).

E, por último, se concordam em pedir apoio à comunidade internacional para resolver a crise no país.

As três questões foram aprovadas pela maioria da oposição na Assembleia, em meados de novembro.



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