Presidente da Colômbia estende quarentena nacional até 11 de maio

Iván Duque acrescentou que o setor de construção voltará a trabalhar com protocolos especiais.

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Presidente da Colômbia estende quarentena nacional até 11 de maio

O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta segunda-feira que o isolamento preventivo obrigatório nacional dura até 11 de maio, em vez de terminar em 27 de abril, como anunciado há algumas semanas.

"Decidimos estender o isolamento preventivo obrigatório, inicialmente até 11 de maio, dando espaço a outros setores que podem participar com protocolos e responsabilidades", afirmou o presidente em declarações oficiais.

O presidente disse que eles foram aconselhados por especialistas e pelo Ministério da Saúde e concluiu que setores como construção e manufatura poderão operar novamente com rigorosos protocolos de biossegurança. "Existem diretrizes e protocolos para eles e faremos essa avaliação entre agora e 11 de maio e verificamos se, de acordo com o progresso, também estamos dando passos com outros setores".

Duque disse que, se não houver progresso e houver efeitos nas capacidades do sistema de saúde, o governo terá que implementar "decisões drásticas".

Ele acrescentou que, durante a emergência de saúde, ou seja, até o final de maio, o país não terá vôos internacionais, exceto os de carga e aqueles que respondem a razões humanitárias. Também não haverá vôos nacionais durante a validade da emergência sanitária, exceto os necessários para saúde, ordem pública, operação estatal ou circunstâncias humanitárias.

O transporte intermunicipal também é suspenso, com as exceções do Ministério dos Transportes.

O presidente acrescentou que os sistemas de transporte em massa podem não ter capacidade superior a 35%. Entre as medidas tomadas pelo governo colombiano, Duque, o aumento do teletrabalho, a restrição de eventos massivos, restaurantes, bares e discotecas. Além disso, faculdades e universidades também permanecerão fechadas. 

O presidente acrescentou que o país tem como primeira responsabilidade proteger a vida e a saúde dos colombianos, mas procurará fazê-lo de tal maneira que não gere uma "pandemia de desemprego, pobreza ou recessão".

O presidente colombiano fez essa declaração em um momento em que a Colômbia registra 3.792 casos positivos de COVID-19 e 179 mortes.

O presidente disse que seu governo busca conciliar os valores da defesa da vida e da saúde com "uma recuperação responsável e gradual" da atividade produtiva.

A doença de coronavírus 2019 (COVID-19) é uma condição respiratória que pode se espalhar de pessoa para pessoa.

O COVID-19 foi identificado pela primeira vez em um surto em Wuhan, China, em dezembro passado e se espalhou para quase 185 países e territórios. 

A Organização Mundial da Saúde declarou o surto como uma pandemia global na quarta-feira, 11 de março. Dos mais de 2.440.000 casos que foram confirmados, quase 640.000 se recuperaram, enquanto as mortes ultrapassam 167.000, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. 

Os países onde o coronavírus deixou mais mortes são: Estados Unidos, Itália, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica, Irã e Alemanha. 

Na América Latina, os mais afetados são o Brasil, com 39.548 infectados e 2.507 mortes; México, com 8.261 casos positivos e 686 óbitos; Equador, com 10.128 infecções e 507 mortes; e Peru, com 400 mortes e 15.628 infectados. 

Apesar do número crescente de casos, a maioria das pessoas infectadas sofre apenas sintomas leves e se recupera.



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