Fortes distúrbios sacudiram La Paz, na Bolívia, depois da renúncia de Evo Morales
Enquanto isso, alguns meios de comunicação bolivianos disseram que a casa do próprio Evo Morales sofreu danos causados pelos manifestantes da oposição que comemoravam sua renúncia ao poder.
AA - Após a renúncia de Evo Morales à presidência da Bolívia neste domingo, houve tumultos em La Paz , onde houve mais de 60 ônibus queimados.
O jornal La Razón indicou que a casa de um jornalista do canal da TVU, o reitor da Universidade Maior de San Andrés (UMSA) e o líder do Comitê Nacional de Defesa da Democracia (Conade), Waldo Albarracín, foram incendiadas.
Enquanto isso, alguns meios de comunicação bolivianos disseram que a casa do próprio Evo Morales sofreu danos causados por manifestantes da oposição que comemoravam sua renúncia ao poder.
Saques e ataques a empresas e delegacias também foram relatados. Várias ruas acordaram com barricadas de proteção erguidas pelos vizinhos e o teleférico de La Paz está suspenso.
No âmbito das diferentes ações violentas, os bispos da Conferência Episcopal, os representantes da Comunidade Cidadã, os comitês cívicos do país e o Conade, se reuniram em um diálogo que busca impedir os distúrbios.
A Igreja boliviana afirmou que “o que acontece na Bolívia não é um golpe de estado, dizemos aos cidadãos bolivianos e a toda a comunidade internacional”.
Segundo La Razón, em algumas ruas de La Paz "grupos de pessoas armadas com paus, pedras e outros objetos que impediam a passagem de veículos e até alertavam os transeuntes a não passar".
A Bolívia se encontra em um limbo político após 13 anos e nove meses de Morales no comando do país.