Bolsonaro diz que vai apresentar ao mundo um Brasil "em construção"

O presidente brasileiro, criticado pela sua gestão das questões ambientais, abriu a ronda de discursos da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.

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Bolsonaro diz que vai apresentar ao mundo um Brasil "em construção"

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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, abriu a ronda de discursos da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.

Durante seu discurso, o presidente de extrema direita, disse ao mundo que o Brasil é um “país em construção”. Essa é uma expressão que o presidente brasileiro já tinha usado numa mensagem de Twitter, depois da sua chegada a Nova Iorque, por volta das 19h30 (hora local).

Depois do discurso de Bolsonaro – que é fortemente criticado pela sua gestão ambiental – foi a vez do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que é também um dos maiores negacionistas da crise climática que o planeta atravessa.

“Chegada ao hotel em Nova Iorque, cumprimentando nossos ministros de estado e corpo diplomático brasileiro. Amanhã abriremos a Assembleia Geral da ONU, onde teremos a oportunidade de apresentar ao mundo o Brasil que estamos construindo ”, escreveu Bolsonaro na sua conta de Twitter.

Segundo o Palácio do Planalto, a sede da presidência do Brasil, a agenda do presidente não inclui reuniões bilaterais com outros chefes de estado. Mas está prevista uma reunião com o ex-presidente do município de Nova Iorque, Rudolph Giuliani.

Após a sua intervenção na ONU, o presidente brasileiro regressou ao Brasil pouco depois, por volta das 21h45 (hora local), e aterrou em Brasília às 7h30.

Desde que chegou ao poder, Bolsonaro defendeu a redução das reservas indígenas e defendeu energicamente a exploração comercial da Amazónia. O seu governo reduziu as multas e inspeções ambientais, além de ter enfraquecido o poder das agências ambientais.

Esta situação fez com que o Gabinete do Procurador-Geral tivesse enviado recomendações ao Governo, para fortalecer novamente o controlo dos crimes ambientais.

Houve até mobilizações maciças contra o governo do presidente de extrema-direita, como o protesto liderado por estudantes vestidos de preto, que aderiram ao habitual 'Grito dos Excluídos', composto por grupos que todos os dia 7 de setembro saem às ruas, depois dos Desfiles de comemoração do Dia da Independência, para expressarem as suas críticas à situação do país.

Bolsonaro foi também duramente criticado durante os graves incêndios que afetaram grande parte da Amazónia, ao tentar minimizar os impactos do incêndio e atribuindo a responsabilidade do desastre às ONGs que operam na região.



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