Embaixador venezuelano na Espanha criticou suposto incitamento ao golpe Estado de Leopoldo López

AA - O embaixador da Venezuela na Espanha, Mario Isea, sexta-feira criticou as declarações feitas pelo líder da oposição Leopoldo Lopez da embaixada espanhola em Caracas, onde ele se enconta como hóspede.

Em entrevista à Rádio Nacional de Espanha, Isea afirmou que "o que é incomum é (Lopez) usar a residência do embaixador espanhol como base para incentivar um golpe, um golpe militar após o fracasso do golpe de 30 de abril, que agora eles não querem reconhecer ".

O diplomata sugeriu que o refúgio da Espanha para Lopez parece projetado pelos Estados Unidos para gerar problemas diplomáticos.

"Pode ainda estar pensando em uma instrumentalização da questão eleitoral interna venezuelana da Espanha, de frente para as eleições municipais, regionais e europeias em 26 de maio", disse Isea.

Em entrevista à EFE, Lopez afirmou que "não descartamos qualquer cenário que esteja dentro da Constituição e a Constituição prevê que essa é uma possibilidade. Espero que não tenhamos que chegar a esse ponto, mas não o descartamos, porque a liberdade é a condição para todo o resto ".

Nesta quinta-feira, a Suprema Corte de Justiça da Venezuela ordenou a captura do líder da oposição.

López foi prefeito do município de Chacao, localizado no norte do país, entre 2000 e 2008.

O opositor foi preso em 2014 e condenado em setembro de 2015, a cumprir uma pena de 14 anos de prisão sob a acusação de conspiração, incitação e destruição de propriedade pública.

O ex-prefeito de Chacao esteve preso na prisão de Ramo Verde até julho de 2018, quando lhe foi concedida uma medida de prisão domiciliar.