Novo apagão na Venezuela deixa 16 estados parcialmente sem luz

O vice-presidente setorial de Comunicação, Cultura e Turismo, Jorge Rodríguez, informou um suposto novo ataque à usina hidrelétrica de Simón Bolívar, com características semelhantes à que teria sido perpetrada em 7 de março.

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Novo apagão na Venezuela deixa 16 estados parcialmente sem luz

AA-Um novo blecaute afetou pelo menos 16 estados venezuelanos, dos 23 que o país possui, nesta segunda-feira, 25 de março. Por volta das 13:30, horário local, o serviço elétrico foi suspenso em boa parte das entidades afetadas. Após três horas, não havia sido restaurado em todos os setores.

Em um discurso no canal estatal, o vice-presidente do setor de Comunicação, Cultura e Turismo, Jorge Rodriguez, relatou uma suspeita novo ataque sobre a hidrelétrica Simón Bolívar, localizado no Guri Dam (Estado Bolívar, Sul do país), com características semelhantes que supostamente perpetrado em 7 de março, quando a Venezuela ficou mergulhada na escuridão por até 10 dias nas áreas mais afetadas.

Desta vez, Rodriguez salientou, eles foram capazes de resolver o problema mais rapidamente, graças à experiência anterior.

"Assim como estamos derrotando a guerra elétrica, assim como nos protegemos contra um ataque, nós respondemos rapidamente e resolvemos isso, porque é assim que vamos responder e derrotar o império do mal, o império de 'Darth Bolton' ou John Vader", disse Rodriguez. consulte os Estados Unidos e o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton.

Enquanto falavam, milhares de pessoas caminhavam pelas ruas de Caracas, devido à consequente suspensão do serviço de transporte subterrâneo. Os pedestres se esquivaram dos veículos que tentavam circular pelas ruas e avenidas destruídas sem semáforos.

Como aconteceu em 7 de março, estações de serviço que possuíam usinas de energia ou aquelas em áreas onde o serviço estava sendo restaurado, tinham longas filas para fornecer combustível.

As conexões móveis, assim como a rede bancária, voltaram a ser afetadas, o que, por um lado, obrigou novamente o povo de Caracas a procurar um sinal de celular em pontos estratégicos e, por outro lado, as empresas a fecharem as portas.

Intenção econômica

"A intenção não é fazer poder político, mas com bilhões de dólares", disse Rodriguez durante seu discurso, referindo-se a um suposto "plano de ataque" orquestrado pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e outros membros do governo.

Segundo o ministro, o plano envolveria Roberto Marrero, o braço direito de Guaidó, que foi preso na quinta-feira em Caracas, além de um advogado chamado Juan Planchart, também parente de Guaidó, e chefe de um grupo dos paramilitares colombianos, Los Rastrojos, cujo nome é Wilfrido de Jesús Torres Gómez, conhecido como Necoclí, que, segundo Rodríguez, era procurado na Colômbia e na Venezuela por vários crimes. Esses dois últimos também foram capturados nos dias anteriores pelas forças de segurança do Estado venezuelano.

Segundo Rodríguez, o Los Rastrojos tinha entre suas missões afetar o sistema elétrico nacional.

Rodríguez aproveitou o discurso para denunciar, ademais, a corrupção por parte de Juan Guaidó e o líder do Voluntad Popular, Leopoldo López, bem como as divisões internas. "Eles se odeiam (...). Eles estão se matando e não é mais pelo poder político, é pelo projeto de lei", disse o ministro.



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