Venezuela volta a acusar Estados Unidos de prepararem um golpe de Estado

De acordo com o governo venezuelano, o objetivo dos Estados Unidos é "recuperarem o controlo sobre os recursos energéticos e minerais que pertencem exclusivamente ao povo da Venezuela".

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Venezuela volta a acusar Estados Unidos de prepararem um golpe de Estado

O governo venezuelano voltou neste domingo a acusar os Estados Unidos de promoverem um golpe de estado, para afastarem o presidente Nicolás Maduro do poder e apoderarem-se dos recursos energéticos e minerais da Venezuela.

"O governo da República Bolivariana da Venezuela denunciou uma vez mais, perante a comunidade internacional, a alegada tentativa do governo dos Estados Unidos de consumar um golpe de estado contra o Governo Constitucional e Democrático do Presidente Nicolás Maduro, ao promover o desconhecimento das instituições legítimas e democráticas do estado venezuelano" – indica o comunicado.

O documento foi divulgado em Caracas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, e nele pode ler-se que, "Nos últimos dias, os porta-vozes do governo norte-americano desataram numa série de ações hostis, a partir de falsos pressupostos, que procuram manipular a verdade, com o propósito de romper a estabilidade institucional e a paz da Venezuela". A declaração diz também que “os Estados Unidos ditam ordens aos governos subordinados da região para "aprofundarem o assédio e o bloqueio contra o povo venezuelano".

De acordo com o governo venezuelano, o objetivo dos Estados Unidos é "recuperarem o controlo sobre os recursos energéticos e minerais que pertencem exclusivamente ao povo da Venezuela". A República Bolivariana da Venezuela expressa a sua condenação e reitera a sua denúncia sobre este plano" norte-americano.

Na próxima quinta-feira, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomará posse para um novo mandado presidencial (2 019-2 025), cuja legitimidade a oposição e vários países põem em causa.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2 018, com 6 248 864 (67,84%) votos. Mas no dia seguinte às eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o incumprimento do tratados sobre Direitos Humanos, bem como a violação da Constituição da Venezuela.



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