General brasileiro assegura que missão da intervenção de segurança no Rio "foi cumprida"

"Temos a convicção de que estamos passando por um caminho difícil e incerto, mas cumprimos a missão", disse o general durante a cerimônia de encerramento da intervenção.

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General brasileiro assegura que missão da intervenção de segurança no Rio "foi cumprida"

O general Walter Braga Netto, que esteve encarregado da intervenção da segurança pública no Rio de Janeiro, disse que, após dez meses de trabalho, a missão "foi cumprida" e os índices da criminalidade no estado mais emblemático do Brasil caíram.

A intervenção - que deu ao Exército o controle da segurança pública no Rio de Janeiro - terminará oficialmente em 31 de dezembro e foi implementada pelo presidente Michel Temer em fevereiro para acabar com a onda de violência que existe em todo o estado a partir dos Jogos Olímpicos de 2016 e que no ano passado deixou 6.731 mortos.

"Temos a convicção de que estamos passando por um caminho difícil e incerto, mas cumprimos a missão", disse o general durante a cerimônia de encerramento da intervenção. 

O alto comando militar disse que após dez meses de trabalho foram alcançados os objetivos de recuperar a capacidade operacional dos órgãos de segurança pública, diminuir as taxas de criminalidade e devolver a sensação de segurança à população. 

Dados oficiais indicam que houve redução nos roubos, que em relação a 2017 diminuíram 20%. 

Caíram também roubos de rua (6%) e veículos (8%), além de homicídios (6,7%).

No entanto, a análise feita mensalmente pelo Observatório de Intervenção, desde que a medida foi implementada, indica o contrário. 

Segundo a ONG, a intervenção não resolveu "os problemas estruturais" da região naquela área e alguns "pioraram". 

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio, coletados no relatório, o número de tiroteios cresceu 56% nos últimos dez meses, as mortes por ações policiais aumentaram 40% e os homicídios "mal" diminuíram em 5%.

"Os homicídios, que eram mais de 4.422 em 2017, caíram 6,7%", número que para o Observatório "continua no nível inaceitável de mais de 4.127". 

Da mesma forma, O estudo destacou que 103 agentes de segurança morreram durante a intervenção. EFE



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