Venezuela realiza manobras militares com a Rússia

Os governos da Venezuela e da Rússia se preparam para defender o país sul-americano, diante de um possível ataque armado, com a execução de manobras militares que incluem "vôos combinados operacionais" em Caracas, Venezuela, disse o ministro da Defesa Vladimir Padrino.

"Estamos nos preparando para defender a Venezuela até o último intervalo, quando necessário, e que vamos fazer com nossos amigos, porque temos amigos no mundo", disse Padrino em declarações na televisão estatal VTV.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, um esquadrão de aeronaves da Rússia desembarcou em Caracas, incluindo dois bombardeiros estratégicos Tu-160, capazes de transportar armas nucleares. 

Além dos bombardeiros, o esquadrão também é composto por um dispositivo de transporte militar An-14 e um avião de passageiros Il-62, que cobre mais de 10.000 quilômetros. 

A este respeito, Padrino disse que "ninguém no mundo" deve temer a presença dessas aeronaves em Caracas, Venezuela e Rússia, porque "são construtores da paz e não da guerra". 

Não foi relatado, no entanto, se as manobras conjuntas começarão imediatamente. 

O anúncio de manobras acontece depois que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, fez na semana passada uma visita de Estado a seu colega Vladimir Putin, na qual, segundo ele, fechou acordos de investimento de 6 bilhões de dólares e contratos para a reparação e manutenção de armas. 

A Venezuela geralmente se refere à Rússia, que fornece armas, tecnologia e outros recursos, como um "aliado estratégico" de sua política multilateral. 

As relações entre as duas nações viveram durante a presidência do falecido Hugo Chávez (1999-2013), um relançamento em várias áreas, como energia, militarismo e cooperação, que foi mantido durante todo o mandato de seu sucessor. EFE