Absolvem o ex-presidente da Argentina, Carlos Menem, por contrabando de armas

A fim de exonerar Menem, a Justiça considerou que o "prazo razoável" no caso foi ultrapassado - o litígio foi adiado de forma prolongada, durante duas décadas - e a defesa descreveu a decisão como "realmente justa" para o ex-chefe de governo.

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Absolvem o ex-presidente da Argentina, Carlos Menem, por contrabando de armas

Buenos Aires (EFE) .- A Câmara de Cassação da Argentina absolveu hoje o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999) pelo crime de contrabando agravado de armas para a Croácia e Equador entre 1991 e 1995, que tinha sido condenado de  maneira prévia a sete anos de prisão, informou nesta quinta-feira às fontes da Efe junto ao ex-governante.

Para exonerar Menem, a Justiça considerou que o "prazo razoável" foi excedido em litígio que demorou de forma prolongada por duas décadas e a defesa qualificou a decisão de "realmente justa" para o ex-chefe de governo.

Em 2017, Menem, de 88 anos, foi condenado a sete anos de prisão e 14 de incapacitação por ocupar cargos públicos depois de considerá-lo como "co-autor" de contrabando agravado de material de guerra para ambos os países e rejeitar os recursos interpostos pela defesa de Menem.

O ex-mandatário chegou a ser preso em 2001 por seis meses, e logo ficou livre por ter imunidade parlamentar, ocupando desde 2005 um assento no Senado, cargo que renovou em 2017 nas eleições legislativas por seis anos.

"Há atos de governo que não são judiciais. Um país que fabrica armas e não as utiliza tem que vendê-las", afirmou a defesa de Menem.



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