Continuam a morrer pessoas na Nicarágua e a crise já chegou à Assembleia Geral da OEA

A policia da Nicarágua indicou que morreram mais duas pessoas no domingo.

986091
Continuam a morrer pessoas na Nicarágua e a crise já chegou à Assembleia Geral da OEA

Continua a onda de violência na Nicarágua, que já fez mais de 100 mortos e milhares de feridos desde o dia 18 de abril, quando começou uma crise sociopolítica no país. Uma delegação da oposição nicaraguense está atualmente em Washington, para tentar pressionar que a situação no país seja discutida na Assembleia Geral da Organização de Estados Americanos (OEA).

Segundo a polícia nicaraguense, este domingo morreram mais duas pessoas e 30 ficaram feridos, incluindo 8 polícias. No total, durante o último fim de semana morreram no país 6 pessoas e mais de 60 ficaram feridas, durante os protestos contra o governo de Daniel Ortega.

Segundo a polícia, as mortes aconteceram num contexto de “atos terroristas do crime organizado que alteraram a ordem pública, a paz e a tranquilidade das pessoas, famílias e comunidades”.

Por seu turno, a Associa Nicaraguense Pro Direitos Humanos (ANPDH), indicou que pelo menos 5 pessoas morreram nos confrontos de sábado na cidade de Masaya, entre civis e a Polícia Nacional apoiada por grupos fiéis ao governo. A Igreja denunciou que uma dessas 5 pessoas foi executada por um agente da polícia. Segundo o padre Edwin Román, o homem foi “executado por um polícia, que lhe disparou contra o peito quando estava detido e indefeso”.

O presidente nicaraguense, Daniel Ortega, está há 11 anos no poder e é alvo de exigências para se demitir. Ele é acusado de autoritarismo. Ortega  voltou a dizer que o diálogo é a única via para retomar a paz e o bem comum da Nicarágua, um país em crise há 48 dias e sob a onda de violência mais sangrenta desde a década de 80, que já fez mais de 100 mortos e milhares de feridos.



Notícias relacionadas