Cantor Ricardo Montaner lidera campanha de solidariedade pela Venezuela

O cantor Ricardo Montaner e a organização Human Rights Watch anunciaram hoje uma campanha de solidariedade em favor do povo venezuelano que é dirigida especialmente aos governos com "posições ambíguas" sobre a "crise humanitária" do país latino-americano.

Montaner e a organização pedem aos cidadãos comuns que "levantem suas vozes" e demonstrem ao povo venezuelano que "não tolerarão que o governo de Nicolás Maduro continue a negar a devastadora crise de direitos humanos e humanitária que sofrem todos os dias", de acordo com um comunicado de imprensa.

"Chame seus amigos, vamos fazer juntos", invoca Montaner em um vídeo da campanha #TodosPelaVenezuela, em que ele destaca que "a Venezuela enfrenta uma crise catastrófica e precisa de ajuda"

Como parte dessa iniciativa, foi criada uma página na Internet onde se pede a alguns presidentes latino-americanos "para manter uma postura ambígua ou, pior ainda, para ficar em silêncio sobre a dramática realidade venezuelana", para falar contra os "abusos" de Maduro, de acordo com a declaração.

Esta iniciativa ocorre alguns dias antes da VIII Cúpula das Américas, a ser realizada em 13 e 14 de abril em Lima (Peru), que deverá abordar a situação na Venezuela, quando o primeiro aniversário dos protestos maciços que foram brutalmente reprimidos em 2017.

"Na Venezuela, críticos e opositores são arbitrariamente detidos e processados ​​e, em alguns casos, torturados, as forças de segurança e gangues armadas que apóiam o governo mataram e feriram manifestantes e transeuntes", critica ele na nota da Human Rights Watch.

A organização internacional de direitos humanos culpa o governo venezuelano pela "repressão e o ataque brutal contra seus oponentes", bem como por negar a crise humanitária sofrida pelos cidadãos deste país.

No último fim de semana, dezenas de venezuelanos protestaram perto de um quartel militar no oeste de Caracas pela falta de vacinas para crianças, um dia depois que o governo de Nicolás Maduro anunciou o lançamento de um plano para aplicar 11 milhões de doses gratuitas em todo o país.

"As taxas de mortalidade infantil e mortalidade materna dispararam, as pessoas passam fome e os doentes não têm acesso aos medicamentos mais básicos", acrescentou a organização.

A campanha pede a solidariedade da região usando as redes sociais e a internet.