Presidente Argentina acusada em alegado encobrimento

Procurador abre processo depois de assumir o caso de Alberto Nisman, que foi encontrado morto no mês passado depois de fazer a mesma acusação.

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Presidente Argentina acusada em alegado encobrimento

A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, foi acusada sexta-feira por supostamente tentar esconder o envolvimento do Irão no atentado mortal de 1994 em Buenos Aires.

O procurador do ministério público federal Gerardo Pollicita apresentou uma queixa de 61 páginas no 3º tribunal federal de Justiça criminal e de penas ao juiz Daniel Rafecas, de acordo com uma cópia publicada pelo La Nación.

Pollicita tomou a medida depois de assumir o caso de Alberto Nisman, que foi encontrado morto com um tiro na cabeça no mês passado apenas quatro dias depois de acusar a presidente do mesmo encobrimento.


Nisman, cuja acusação e morte têm levantado clamor público por justiça e combate à corrupção no estado, alegou que Fernandez de Kirchner usou, em 2013, um memorando de entendimento com o Irão para tentar esconder o suposto envolvimento do país no atentado à bomba a uma comunidade judaica. O ataque, o mais mortífero na Argentina, matou 85 pessoas e os culpados ainda não foram levados à justiça.

Fernandez de Kirchner, outros governantes e apoiantes acusados do encobrimento, negaram qualquer irregularidade e definiram as acusações como absurdas e infundadas.

Uma grande manifestação está prevista para 18 de fevereiro, em Buenos Aires e por todo o país, para homenagear Nisman e exigir justiça por sua morte, e por aqueles que morreram no atentado de 1994.


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