Importante desenvolvimento no caso Nisman na Argentina

Viviana Fein, a investigadora responsável por investigar a morte de Alberto Nisman, está no centro da polémica devido às suas contradições e falhas na investigação.

A investigadora sentiu-se por isso obrigada a reafirmar a sua independência no caso, depois de anunciar que vai tirar férias a meio da investigação mais mediática da Argentina.

"A Procuradoria Geral deu-me todo o seu apoio na minha gestão autónoma e totalmente livre da investigação. Posso tomar todas as decisões que entender e ninguém me limita ", disse Fein em declarações à imprensa.

Alberto Nisman foi encontrado com um tiro na cabeça em sua casa no dia 18 de Janeiro, depois de acusar a presidente Cristina Fernández de encobrir crimes praticados por terroristas iranianos.

Apesar dos múltiplos pedidos para a que a investigação sobre a morte de Nisman seja agilizada, até agora a Viviana Fein apenas concluiu o óbvio, ou seja, que Nisman morreu com um tiro na cabeça proveniente de uma pistola de calibre 22. A arma foi encontrada por baixo do corpo de Nisman, na casa de banho da sua residência. Não foram até agora encontrados vestígios da presença de terceiros no local.

Incompreensivelmente, também não foram até agora verificados os registos das chamadas telefónicas de Nisman, nem se foi se investigou os casos em que ele estava a trabalhar na Procuradoria.

Nisman morreu na véspera da sua ida ao Congresso, para detalhar as suas acusações contra a presidente Fernández, por suposto encobrimento a suspeitos iranianos. Estes homens, alegadamente levaram a cabo um atentado que matou 85 judeus na Argentina em 1984.