Chuva dá tréguas à seca em São Paulo

Na sua maior crise hídrica desde 1930, o mais rico e povoado estado brasileiro começou a usar desde novembro passado a segunda quota do chamado “volume morto”

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Chuva dá tréguas à seca em São Paulo

São Paulo (EFE) - As chuvas caídas nos últimos dias fizeram uma pausa numa das piores crises hídricas da história do Brasil, pois elevaram de 5% para 5.1% o nível de água do maior reservatório do estado, do qual depende o abastecimento de 6.5 milhões de pessoas.

O nível de água nas barragens que componhem o sistema da Cantareira, que serve um terço da população da zona metropolitana de São Paulo, não aumentava desde dezembro, quando chegou a alcançar 7.4% da sua capacidade depois de três dias consecutivos de chuva.

Foi aquela a última trégua registada na seca que aflige o sudeste do Brasil e que afeta 48 milhões de pessoas, um quarto da população do país, que começam a sentir os efeitos da falta de água e correm o risco de um racionamento da energia elétrica.

Segundo as medições da companhia estatal de saneamento básico do estado de São Paulo (SABESP), o nível da Cantareira passou de 5% para 5.1% por causa das chuvas dos últimos dias.

Desde domingo 1 de fevereiro cairam 23.2 milímetros na albufeira, um número superior à media para a época, de 21.33 milímetros, mas insuficiente para compensar um mês que fechou com piores resultados do que previsto para as precipitações de Janeiro.

Na sua maior crise hídrica desde 1930, o mais rico e povoado estado brasileiro começou a usar desde novembro passado a segunda quota do chamado “volume morto” da Cantareira, isto é, a água do fundo do reservatório que nunca antes tinha sido utilizada.

Uma situação que levou a SABESP a advertir, a semana passada, sobre a possibilidade de um racionamento “drástico”, com um fornecimento de apenas dois dias por semana, se o nível das albufeiras continuar a baixar e manter os bonus pela poupança do consumo e multas pelo excesso. EFE


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