Conflitos no Sudão: 460 mortos, ex-Presidente Omar al-Bashir está detido em hospital militar

O Ministério da Saúde do Sudão informou, que até ao momento, 460 pessoas perderam a vida nos confrontos entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF) que começaram a 15 de abril.

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Conflitos no Sudão: 460 mortos, ex-Presidente Omar al-Bashir está detido em hospital militar

O Ministério da Saúde do Sudão informou, que até ao momento, 460 pessoas perderam a vida nos confrontos entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF) que começaram a 15 de abril.

Na declaração feita pelo Ministério, foi afirmado que 4.063 pessoas ficaram feridas nos confrontos em 11 estados.

Na declaração, foi afirmado que estão a ser realizados trabalhos em todos os estados para monitorizar os feridos, os mortos e outros efeitos dos confrontos, tendo sido referido que o número de feridos e de mortos diminuiu nos últimos dois dias e que se registaram melhorias em termos do funcionamento dos serviços de emergência dos hospitais e da capacidade do pessoal de saúde para desempenhar as suas funções.

O exército sudanês anunciou também que o antigo Presidente Omar al-Bashir está detido no Hospital Alya das Forças Armadas.

"Alguns dos militares suspeitos de orquestrarem o golpe de Estado de 30 de junho de 1989 ficaram detidos antes do início da revolta, no Hospital Alya das Forças Armadas, devido ao seu estado de saúde e a conselho dos médicos da prisão de Kober", declarou o exército em comunicado.

O comunicado indica que, para além de Omar al-Bashir, o seu adjunto Bekri Hassan Salih e Abdurrahim Mohamed Hussein, um dos seus ministros, estão entre os detidos no hospital sob custódia policial.

A declaração foi emitida para dissipar os rumores e evitar a desinformação difundida por alguns porta-vozes mediáticos dos "rebeldes" para confundir o público.

Na manhã de 15 de abril, eclodiram confrontos armados entre o exército sudanês e as forças paramilitares das RSF na capital do Sudão, Cartum, e noutras cidades.

O diferendo que opõe o exército e as RSF desde há alguns meses, devido à reforma da segurança militar, e que prevê a "plena incorporação das RSF no exército", transformou-se num conflito aceso.



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