Estima-se que morreram 600 mil pessoas nos conflitos na Etiópia

Olusegun Obasanjo, Enviado Especial da União Africana para o Corno de África, afirmou que se estima que cerca de 600 mil pessoas perderam a vida nos confrontos entre o exército e os rebeldes no norte da Etiópia, nos últimos 2 anos.

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Estima-se que morreram 600 mil pessoas nos conflitos na Etiópia

Olusegun Obasanjo, Enviado Especial da União Africana para o Corno de África, afirmou que se estima que cerca de 600 mil pessoas perderam a vida nos confrontos entre o exército e os rebeldes no norte da Etiópia, nos últimos 2 anos.

Falando ao jornal britânico Financial Times, o Enviado Especial e ex-presidente nigeriano, Obasanjo, salientou que, com o apoio dos seus mediadores, puseram fim a uma guerra, em que uma média de 1000 pessoas por dia perderam a vida, e declarou que se estima que aproximadamente 600 mil pessoas morreram durante a guerra.

Embora não haja dados oficiais sobre quantas pessoas morreram nos confrontos, segundo os investigadores da Universidade belga de Ghent, que acompanharam os acontecimentos em Tigray, entre 200-300 mil pessoas morreram na linha da frente e entre 300-400 mil civis morreram nas povoações.

Após a Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) ter entregue as suas armas pesadas ao exército etíope, as tropas do estado de Amhara retiraram-se de Tigray na semana passada.

A TPLF tinha exigido que Amhara e as forças eritreias, acusadas de abusos dos direitos humanos durante a guerra, também se retirassem de Tigray.

Os confrontos entre o exército nacional e a TPLF, que começaram em novembro de 2020, terminaram exatamente 2 anos mais tarde, com o acordo alcançado em novembro de 2022. O exército etíope tinha anunciado que iria retirar da sua lista de organizações terroristas a TPLF, que concordou entregar as suas armas.



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