O Parlamento Pan-Africano pede ao PE que não se envolva na crise entre Espanha e Marrocos

“A crise poderá ser resolvida diplomaticamente através de negociações bilaterais, sem a necessidade de criar uma crise com a Europa”.

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O Parlamento Pan-Africano pede ao PE que não se envolva na crise entre Espanha e Marrocos

O Parlamento Pan-Africano apelou ao Parlamento Europeu (PE) para que não se envolva na crise migratória entre Marrocos e Espanha.

Através de um comunicado, o organismo africano avaliou a decisão do PE de rejeitar o uso de menores por parte de Marrocos na crise migratória na cidade de Ceuta, administrada por Espanha.

No comunicado, é dito que algumas regras básicas devem ser respeitadas na crise entre Marrocos e Espanha.

"Os problemas entre os dois países devem ser resolvidas no âmbito das relações bilaterais. A crise poderá ser resolvida diplomaticamente através de negociações bilaterais, sem a necessidade de criar uma crise com a Europa".

O comunicado também reforça a ideia de que não se deve adotar uma atitude que aumente a tensão.

O projecto de lei a este respeito foi ratificado esta quinta-feira, com 397 votos a favor e 85 contra no PE.

Por seu turno, o Parlamento Árabe também pediu ontem ao seu homólogo europeu que não intervenha na crise entre os dois países.

As relações entre Espanha e Marrocos entraram numa crise diplomática, quando o governo de coligação de esquerda em Espanha trouxe secretamente o secretário-geral da Frente separatista Polisario, Brahim Ghali, para ser tratado ao novo tipo de coronavírus (Covid -19) e o tratou num hospital na cidade de Logroño.

A crise diplomática entre os dois países aprofundou-se ainda mais após a partida de Ghali para Espanha e, em seguida, começou o influxo de imigrantes ilegais de Marrocos para Espanha.



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