Doadores prometem 672 milhões de dólares em ajuda de emergência para a região do Lago Chade

Os países doadores estão reunidos na Conferência Humanitária em Oslo para aumentar a ajuda a milhões de pessoas ameaçadas pela fome na Nigéria e na região do Lago Chade.

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Doadores prometem 672 milhões de dólares em ajuda de emergência para a região do Lago Chade

Os países doadores reunidos em Oslo, na sexta-feira, prometeram US$ 672 milhões em ajuda de emergência para as pessoas ameaçadas pela fome na região do Lago Chade, disse o ministro das Relações Exteriores da Noruega, Borge Brende.

O montante foi prometido ao longo de três anos, e visa ajudar 10,7 milhões de pessoas em necessidade. A conferência internacional de doadores na capital norueguesa pretende levantar US$ 1,5 bilhão em 2017 para a região, segundo a ONU.

O subsecretário-geral da ONU, Stephen O'Brien, disse estar otimista em relação ao cumprimento do objetivo geral para este ano.

"Numa manhã, levantámos um terço disso", disse ele.

Os Estados Unidos, cuja nova administração disse que pretende cortar seu orçamento de ajuda ao desenvolvimento, não estavam entre os 14 países que prometeram dinheiro.


Região do Lago Chade

A região compreende o nordeste da Nigéria, norte dos Camarões, Chade ocidental e sudeste do Níger.

Um conflito de oito anos entre o exército nigeriano e os militantes do Boko Haram devastou a região.

A situação na região tem sido descrita pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) como "a pior do mundo".

Organizações humanitárias só podem acessar populações em risco quando o exército nigeriano libera territórios do Boko Haram, mas as pessoas permanecem inacessíveis.

Muitas estradas são acessíveis somente sob a escolta de soldados nigerianos, e as emboscadas levantam uma ameaça constante. Outros lugares são acessíveis apenas por helicóptero, onde "horríveis taxas de desnutrição" são observadas entre as crianças.

"Em toda a região do Lago Chade, vimos a luta contra o Boko Haram ter prioridade acima de tudo, com objetivos militares e políticos direcionados para isso", disse Natalie Roberts, chefe de emergências de MSF no estado de Borno, na Nigéria.

"Agora estamos em meio a uma enorme crise humanitária", acrescentou.

Fonte: TRTWorld e agências


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