Forças de oposição do Sudão do Sul autorizadas a regressar á capital

Será a primeira vez que as tropas de Machar e seus aliados irão para Juba desde dezembro de 2013, quando um conflito entre Kiir e seu vice evoluiu rapidamente para uma guerra civil que muitas vezes decorreu em linhas étnicas.

Ambos os lados, sob a pressão de Washington, as Nações Unidas e outros poderes, assinaram um acordo de paz inicial em agosto, e concordaram em compartilhar as posições ministeriais em janeiro.

Mas o acordo foi quebrado várias vezes, e um relatório da ONU no mês passado disse que os dois líderes se classificam para as sanções sobre atrocidades no conflito.

No entanto, no início deste mês, Kiir devolveu á Machar seu antigo emprego como vice-líder, aumentando as esperanças de um avanço após meses de negociações turbulentas e falhas nos acordos de cessar-fogo.

Em uma reunião na terça-feira, os signatários do acordo concordaram que 1.370 tropas do grupo SPLM-IO de Machar serão implantadas em Juba a partir 01 de março, de acordo com Festus Mogae, presidente da Junta de Monitoramento e Comissão de Evolução (JMEC, sigla em inglês).

Um porta-voz de Machar confirmou que as tropas irão para Juba durante "a primeira semana de março".

Kiir demitiu Machar como vice-presidente em 2013, agravando uma disputa política que entrou em erupção em combates entre soldados leais a ambos os homens em Juba.

Os combates já mataram milhares de pessoas e deslocaram 2,3 milhões de pessoas desde o final de 2013. A guerra também tem devastado a economia do Sudão do Sul, cortando a produção de petróleo que financia os gastos públicos.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, deve visitar o Sudão do Sul na quinta-feira e manter conversações com Kiir.