1.6 milhões de quenianos em risco de morrer de fome

O governo do Quênia, segunda-feira, alertou que, pelo menos, 1,6 milhões de quenianos estão em risco de morrer de fome devido à seca prolongada no leste do país Africano.
"As chuvas começaram tarde e terminaram cedo (este ano)," informou a secretária do gabinete de Desenvolvimento e Planeamento Ann Waiguru.
"A quantidade de precipitação foi menor do que o normal e sua distribuição no espaço e no tempo foram geralmente pobres", acrescentou.
Waiguru disse que as áreas que tinham tido muito baixos níveis de chuva, este ano, foram as zonas de pastorícia do norte e nordeste do país e as zonas agrícolas marginais no sudeste.

Em áreas afetadas, acrescentou, pasto e água ambos foram esgotados, levando à morte de inúmeros animais na região.

As tribos nómadas que vivem do pastoreio, no Quênia, vivem principalmente do leite, sangue e carne do gado que criam.
Citando uma avaliação realizada entre 26 de janeiro e 06 de fevereiro, Waiguru afirmou que mais de um milhão de quenianos estavam em risco de morrer de fome.

"A avaliação constatou que pelo menos 1,63 milhões de pessoas estavam gravemente inseguros a nível alimentar e que necessitavam de assistência imediata e ao longo dos próximos seis meses", acrescentou.
Waiguru disse que, a fim de resolver a situação, o governo vai desembolsar 279 milhões de xelins quenianos (cerca de 3 milhões de dólares) de um fundo de contingência para a seca nos 16 municípios afetados para a implementação de planos de contingência.

"Mais fundos serão disponibilizados a pedido dos municípios afetados", acrescentou ela.
Waiguru disse que o seu governo, em conjunto com o WFP, continuaria a fornecer alimentos e financiamento a mais de 691.800 beneficiários nos 13 municípios afetados.