Israel reage à ameaça de Biden de interromper fornecimento de armas

O Ministro do Património Cultural de Israel, Amichay Eliyahu disse: "Biden poderia ser como Winston Churchill, mas prefere ser Chamberlain. Prefere a desonra e, como resultado, tanto a desonra como a guerra vão encontrá-lo".

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Israel reage à ameaça de Biden de interromper fornecimento de armas

O Ministro do Património Cultural de Israel, Amichay Eliyahu, de extrema-direita, comparou a declaração do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, de que deixaria de enviar armas para Israel no caso de um ataque em grande escala a Rafah, ao acordo feito pela Grã-Bretanha com os nazis antes da Segunda Guerra Mundial.

Numa publicação nas redes sociais, Amichay Eliyahu reagiu às observações de Biden de que os EUA deixariam de enviar armas para Israel em caso de um ataque em grande escala a Rafah.

Recordando o Pacto de Munique assinado entre a Grã-Bretanha e a Alemanha nazi em 1938, antes da Segunda Guerra Mundial, Eliyahu comparou Biden ao Primeiro-Ministro britânico da época, Neville Chamberlain, que fez um acordo com os nazis.

Eliyahu disse: "Biden poderia ser como Winston Churchill, mas prefere ser Chamberlain. Prefere a desonra e, como resultado, tanto a desonra como a guerra vão encontrá-lo".

O representante permanente de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, também disse ao jornal Israel Hayom que a decisão do governo dos EUA de suspender as remessas de ajuda militar a Israel foi muito dececionante.

O Ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, disse ao mesmo jornal que a independência na produção de armas e munições é de grande importância para a segurança de Israel.

O deputado do Likud do Primeiro-Ministro israelita Benjamin Netanyahu, Tali Gottlieb, ameaçou atingir Gaza com mísseis sem precisão se os EUA não fornecessem mísseis de precisão.

O Presidente dos EUA, Biden, tinha anunciado que deixaria de enviar armas para este país se Israel entrasse em Rafah com um ataque em grande escala.

Numa declaração feita a 6 de maio, o exército israelita exigiu a evacuação de alguns bairros a leste da cidade meridional de Rafah, onde se refugiaram 1,5 milhões de palestinianos deslocados, e anunciou que tinha lançado um ataque terrestre à região de Rafah em Gaza e tomado o lado de Gaza do posto fronteiriço com o Egipto.



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