Protestos contra a participação de Israel na Eurovisão na Suécia

A participação de Israel no Festival Eurovisão da Canção, cuja final se realiza amanhã, foi objeto de protesto por parte de dezenas de milhares de pessoas em Malmö, na Suécia, país anfitrião da organização.

Os manifestantes reuniram-se na Grande Praça (Stor Torget) e exigiram um boicote a Israel no Festival Eurovisão da Canção.

Os manifestantes exibiam cartazes com os dizeres: "Crianças estão a ser mortas em Gaza", "Parem o genocídio", "Palestina para sempre", bem como maquetas representando crianças mortas em Gaza, e marcharam cantando "Liberdade para a Palestina", "Israel genocida", "Boicote a Israel".

Os ativistas anunciaram que amanhã será organizada outra grande manifestação.

Simultaneamente, a cantora israelita Eden Golan, que subiu ao palco durante o segundo ensaio das meias-finais do concurso, foi alvo de protestos por parte do público. Enquanto Golan era vaiada durante a atuação da sua canção "Hurricane", alguns espetadores entoavam "Palestina Livre".

A televisão belga VRT interrompeu a transmissão do Festival Eurovisão da Canção para transmitir uma mensagem condenando as violações dos direitos humanos e da liberdade de imprensa cometidas por Israel e exigindo um cessar-fogo.

Na mensagem publicada pelo canal, "esta é uma ação sindical. Condenamos as violações dos direitos humanos cometidas pelo Estado israelita. Israel está também a destruir a liberdade de imprensa. Por isso, suspendemos a nossa emissão durante algum tempo. Cessar-fogo já".

Numa declaração feita pela União Europeia de Radiodifusão (UER) em 2 de maio, foi noticiado que os convidados do Festival Eurovisão da Canção não seriam autorizados a entrar com a bandeira palestiniana.

O Festival Eurovisão da Canção de 2024, cuja final terá lugar amanhã, realizar-se-á em Malmö pela terceira vez, após 1992 e 2013.