Vice-presidente, Dina Boluarte, toma posse como nova Presidente do Peru

No Peru, país sul-americano, a Vice-presidente Dina Boluarte tomou posse como nova Presidente do país.

Boluarte tomou posse como a primeira mulher Presidente na história do país depois do antigo Presidente Pedro Castillo ter sido destituído pelo Congresso sob a acusação de "incompetência moral permanente".

"Em nome de Deus, do país e de todos os peruanos, juro que cumprirei fielmente o cargo de Presidente e defenderei a Constituição do Peru até 26 de julho de 2026", disse Boluarte no seu discurso no Congresso, onde entrou no meio de aplausos.

Boluarte salientou que houve uma tentativa de golpe que não teve impacto nas instituições:

"Estou a assumir este cargo, consciente da grande responsabilidade, e a minha primeira tarefa é pedir a todos os peruanos que se unam da forma mais abrangente possível. Cabe-nos a nós criar o diálogo. Apelo a um amplo diálogo entre todas as forças políticas".

Boluarte declarou que respeitarão os direitos fundamentais dos cidadãos e que o seu objetivo é realizar as reformas políticas e económicas de que o país necessita.

No seu discurso à nação ontem, Pedro Castillo disse que o Congresso tinha sido dissolvido, que um governo de emergência iria governar o país e que uma nova constituição seria redigida no prazo de 9 meses através da realização de eleições para um novo Congresso.

Castillo declarou que o Congresso estava a visar o seu governo.

Após a decisão de Castillo, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o Ministro da Economia e Finanças, o Ministro da Justiça e Direitos Humanos, o Ministro do Trabalho, o Ministro da Educação, o Ministro das Comunicações e Transportes demitiram-se.

Castillo foi demitido pelo Congresso, que acusou de derrubar o governo, sob a acusação de "incompetência moral permanente" e foi levado para a prisão depois de ter sido detido.

A decisão de demitir Castillo do cargo, no Congresso, foi justificada pela "tentativa de usurpar funções públicas, obstruir o funcionamento dos poderes do Estado e violar a ordem estabelecida pela Constituição política".

O Comando Conjunto das Forças Armadas Peruanas e da Polícia Nacional Peruana afirmou numa declaração que as instituições respeitam a ordem constitucional e não tomariam qualquer medida em contrário.

A declaração sublinhou que as Forças Armadas e a polícia estão unidas e apelou à população para que se mantivesse calma.