UNICEF: falta de água potável é mais mortal do que balas para crianças em zonas de conflito
O UNICEF apontou que cerca de 800 milhões de crianças vivem em áreas vulneráveis ou afetadas por conflitos, e uma em cada dez vive em contextos extremamente frágeis.

Bogotá Colômbia
Um relatório publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou que a falta de água potável é mais mortal do que balas para crianças em zonas de conflito.
A UNICEF disse que crianças menores de 15 anos que vivem em países afetados pela guerra têm em média quase três vezes mais chances de morrer de doenças relacionadas à água e ao saneamento do que à violência direta.
A UNICEF apontou que cerca de 800 milhões de crianças vivem em áreas vulneráveis ou afetadas por conflitos, e uma em cada dez vive em contextos extremamente frágeis.
“Quem vive nessas condições tem três vezes mais chances de defecar ao ar livre; são quatro vezes mais propensas a falta de serviços de saneamento básico e oito vezes mais chances de não ter água potável”, alertou a agência da ONU.
O documento da ONU afirmou que, apesar do direito à água potável e ao saneamento serem parte da Convenção sobre os Direitos da Criança, juntamente com alimentos e assistência médica, os conflitos estão cada vez mais privando essas garantias.
"Os ataques nos sistemas de água afetam diretamente as crianças. Quando o fluxo de água limpa para, elas são forçadas a depender de água não saudável, o que as coloca em risco de doença. É comum que ocorram ataques durante conflitos deliberado e indiscriminado para destruir a infraestrutura da água, ferir o pessoal e cortar a energia que o sistema hidráulico mantém", disse Kelly Ann Naylor, vice-diretora da Unicef para Água, Saneamento e Higiene.
AA - Santiago Serna Duque
Foto: AA - Cem Genco
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