Guterres apela à doação de ajuda humanitária de 3 mil milhões para ajudar 13 milhões de iemenitas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou à comunidade internacional para que ofereça ajuda humanitária no valor de 3 mil milhões de dólares, para ajudar 13 milhões de pessoas no Iémen. Atualmente, o país vive a pior crise humanitária em todo o mundo.

Na inauguração da Conferência de Ajuda de Alto Nível em Genebra, organizada pela ONU e pela Suíça e Suécia, Guterres disse que “A maior crise humanitária do mundo vive-se no Iémen. Agora que o conflito entra no seu 4º ano, cerca de 22 milhões de pessoas, que equivalem a três quartos da população total, precisam de ajuda humanitária e de proteção”.

Guterres salientou ainda que 18 milhões de pessoas no Iémen sofrem com a insegurança alimentar, e que 8,4 milhões de pessoas no país vivem de forma horrível, sem saber de onde virá o seu próximo prato de comida. O secretário geral da ONU disse ainda que milhões de pessoas no país não têm acesso a água potável, e que em 2 017 um milhão de pessoas sofreram doenças como a cólera e diarreia devido à falta de água de qualidade.

Guterres: “No Iémen, a cada 10 minutos morre uma criança com menos de 5 anos de idade, por motivos evitáveis. Foram destruídas 2 500 escolas no país, ou estão a ser usadas para outros fins”.

Guterres pediu por isso à comunidade internacional ajuda no valor de 2,96 mil milhões de dólares. A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos já prometeram doar 930 milhões de dólares. Vários outros países já prometeram um total de 293 milhões. Está assim garantido o financiamento de 40% das necessidades para este ano.