Taxas de suicídio aumentam 24 por cento desde 1999 nos EUA

Centro de Controle e Prevenção de Doenças divulga relatório sobre as taxas de suícidio no país.

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Taxas de suicídio aumentam 24 por cento desde 1999 nos EUA

As taxsa de suicídio dos EUA subiram 24 por cento desde 1999, apresentando uma alta nos últimos 30 anos, de acordo com um relatório divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

"Depois de um período de declínio quase consistente nas taxas de suicídio nos Estados Unidos de 1986 a 1999, as taxas de suicídio aumentaram quase de forma constante a partir de 1999 até 2014", disse o CDC em um comunicado na sexta-feira. "Enquanto o suicídio entre adolescentes e adultos jovens está aumentando e entre as principais causas de morte por esses grupos demográficos, o suicídio entre adultos de meia-idade também está crescendo."

As taxas anuais aumentaram ainda mais acentuadamente entre 2006 e 2014. Uma média de 13 americanos por 100.000 se mataram em 2014, comparado a 10,5 em 1999.

Os números mostram que cerca de 41.500 pessoas morreram em 2014.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que 1 milhão de suicídios ocorrem anualmente em todo o mundo ​- uma média de um suicídio a cada 40 segundos.

As taxas parecem estar crescendo em todo o mundo e a OMS acredita que haverá um suicídio a cada 20 segundos em 2020.

Enquanto os homens continuam a cometer suicídio em maior número do que as mulheres, a diferença está diminuindo. O relatório concluiu que as mulheres em maior risco estão na faixa etária entre 45-64, um grupo demográfico que tem visto o risco de suicídio dobrar desde 1999.

As taxas para meninas com idades entre 10-14 quase triplicaram também.

No geral, os homens cometem suicídio 3,5 vezes mais do que as mulheres.

Enquanto as taxas foram mais elevadas para os homens com idades compreendidas entre 75 e superior em 1999 e 2014, a taxa para as mulheres na mesma faixa etária é a única área onde o CDC encontrou um declínio.

Para pelo menos um psicólogo, as razões por trás das estatísticas são difíceis de identificar.

"Eu tenho certeza que ninguém sabe, embora existam muitas teorias sensíveis", disse o Dr. Joel Dvoskin à agência Anadolu. "A maioria do que você vai ler são suposições que são influenciadas pelos valores de uma pessoa."

Ele usou o controle de armas como um exemplo. Embora em geral cerca de 20 por cento daqueles que tentam o suicídio são bem sucedidos, esse número aumenta para 80 por cento quando a arma está envolvida, de acordo com o professor da Universidade do Arizona de psicologia e ciência comportamental.

Embora alguns defensores do controle de armas culpem imediatamente as armas pelo aumento no número de suicídios após o relatório, Dvoskin não tem tanta certeza, porque as armas estavam disponíveis em 1999 também.

Dvoskine recomenda ações imediatas que podem não resolver completamente a crise, mas não torná-la pior.

Ele sugere mais financiamento para o sistema de saúde mental, e também acredita que os salários de primeiros socorros deve ser elevado a fim de reter mais profissionais.



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