A queda do desemprego na Turquia

A Economia Mundial, um programa do Prof. Dr. Tanas Karagol.

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A queda do desemprego na Turquia

O aumento constante da população em todo o mundo e na Turquia em particular, está a contribuir para a emergência de um certo tipo de força de trabalho, que faz com que o tema do desemprego seja analisado com base nas condições económicas e sociais dos países. O desemprego, que é uma das questões mais importantes do mundo atual, é também um problema que persiste na Turquia.

Segundo os números do desemprego recentemente divulgados na Turquia, a taxa de desemprego no país era de 10,2% em maio. Este número compara com os 13% atingidos em janeiro, tendo-se portanto registado uma redução de 2,8% na taxa de desemprego num período de 5 meses. O número de pessoas desempregadas, que em janeiro era de 3 milhões 985 mil, baixou para 3 milhões 225 mil em maio. Dito de outra forma, desde o início de 2 017, há menos 760 mil desempregados na Turquia. Não é possível ignorar esta queda significativa da taxa de desemprego no início deste ano.  

Para além da redução da taxa de desemprego, registou-se também um aumento da taxa de participação na força de trabalho. A força de trabalho da Turquia, que em maio de 2 016 era composta por 30 milhões 763 mil pessoas, subiu para 31 milhões 713 mil em 2 017, registando assim um crescimento face ao ano anterior. Por isso, ao longo do período de um ano, quase 1 milhão de pessoas juntaram-se à força de trabalho na Turquia.

A terceira questão que deve ser considerada num contexto de descida do desemprego e do aumento da taxa de participação na força de trabalho, é a taxa de desemprego. Isto porque a necessidade mais importante da força de trabalho atual é a criação de oportunidades de emprego. De acordo com as estatísticas referentes ao mês de maio, o número de pessoas empregadas aumentou em 621 mil, para um total de 28 milhões 488 mil, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Olhando para a distribuição do emprego na Turquia, verificamos que 19,6% das pessoas estão empregues no setor agrícola, 18,7% operam no setor industrial, 7,5% têm empregos no setor da construção e 54% trabalham no setor dos serviços.

De acordo com estes números, constatamos que o setor dos serviços é o que emprega mais pessoas. Os números apontam também para um aumento de 0,9% no número de pessoas que trabalham no setor dos serviços, em termos do emprego total no país, e em comparação com o mesmo período do ano passado. A principal razão por detrás deste aumento do peso do setor dos serviços no emprego total, tem que ver com os programas de apoio ao emprego implementados pelo governo. Um dos passos mais concretos dados no contexto destes programas, foi a “mobilização para o emprego”. Com esta mobilização para o emprego, só nos primeiros 4 meses de 2 017, o número de novos empregos criados foi de 1 816 000.

A agricultura é outro setor em que o emprego regista desenvolvimentos significativos, e onde se registou um aumento do número de pessoas a trabalhar. Desde o início do ano, o setor agrícola empregou mais 37 mil pessoas. Este aumento do emprego no setor agrícola deve-se também ao aumento das necessidades sazonais de mão de obra, que normalmente se verifica durante os meses de verão. Por isso, é provável que este aumento do emprego setor no agrícola continue também ao longo dos próximos meses.

A taxa de emprego na população feminina, que tem sido um fator importante na emergência do problema do desemprego, registou ligeiras melhorias quando comparada com o mesmo período do ano anterior. A taxa de emprego feminino, que era de 32,5% em maio de 2 016, subiu para 32,9% em maio deste ano. Esta melhoria mostra que a taxa de participação feminina de longo prazo, irá continuar a subir ainda mais. Ao mesmo tempo que a subida do emprego feminino teve um impacto direto na redução da taxa de desemprego, irá também abrir importantes oportunidades para o crescimento económico.

A forma mais eficaz de manter a taxa de desemprego a um nível baixo, é a introdução de políticas de emprego eficientes e sustentáveis. Em 2 017, foram dados passos concretos em termos das políticas de mobilização para o emprego, a par das iniciativas do governo para estimular a criação de postos de trabalho. Podemos dizer que esta queda na taxa de desemprego registada até ao quinto mês do ano corrente, decorre das obrigações do governo nesta matéria.

Em resultado das políticas aplicadas sobre a criação de novos empregos, e caso as políticas atuais sejam mantidas de forma estável, a consequência será mais crescimento económico, e mais mulheres e jovens farão parte da força de trabalho. Esta situação, por sua vez dará origem a uma redução da taxa de desemprego e o problema do desemprego deixará de existir.



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