Trump foi o alvo de muitas especulações antes de assumir o poder

Os Democratas e muitas instituições estatais importantes tentam mostrar as fragilidades do seu país, enquanto que o novo presidente Trump diz insistentemente que irá transformar o seu país até que seja alcançada uma posição forte e segura.

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Trump foi o alvo de muitas especulações antes de assumir o poder

Donald Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos recentemente eleito pelo povo americano, foi alvo de muitas especulações antes de assumir a cadeira presidencial nos Estados, anteriormente elogiados pela sua democracia mas que agora criticam o seu próprio sistema. Alguns meios alegaram mesmo que houve fraude nas eleições e começaram a questionar a própria autoridade do estado.

Os meios de comunicação e muitos políticos consideram que a Rússia – considerada como um inimigo desde 1 945 – interveio nas eleições. O pensamento de que os EUA são um país fraco, que nem sequer consegue garantir a segurança das suas próprias eleições, alastrou-se a todo o mundo. Nenhum país do mundo assume a sua fraqueza e falta de autoridade. E para mostrar-se fortes, mesmo quando são fracos, os países gastam milhões de dólares com empresas de relações públicas. Apesar disto, muitas instituições públicas americanas e a CIA em particular, partilharam com o mundo que os EUA não conseguiram garantir a segurança eleitoral do seu país.

Os Democratas e muitas instituições estatais importantes tentam mostrar as fragilidades do seu país, enquanto que o novo presidente Trump diz insistentemente que irá transformar o seu país até que seja alcançada uma posição forte e segura. Mas a ordem estabelecida nos Estados Unidos e os meios de comunicação, desacreditam constantemente o seu próprio país.

Uma situação semelhante foi vivida há alguns anos na Rússia. Com o derrube do regime comunista, a Rússia passou por um grande trauma. A ordem estatal russa e a honra do seu povo caíram na lama. Juntamente com o derrube do regime comunista, caiu também o prestígio do Exército Vermelho – o pior pesadelo do mundo ocidental durante dezenas de anos. Na imprensa mundial, foram publicadas milhares de notícias dando conta de generais famosos, que para sobreviver vendiam armas e munições a traficantes de armas, a preços muito baixos.

Os generais vendiam as armas, não apenas as que tinham na sua mão, mas também veículos blindados de transporte de pessoal e até tanques. No mercado dos traficantes de armas, durante algum tempo o preço dos mísseis russos baixou até aos 30 dólares.

Os cientistas russos, médicos, professores e mães abandonaram as suas casas e foram para países estrangeiros que não conheciam. Começaram a trabalhar como operários por 150 ou 200 dólares por mês. As florestas russas, cujo valor é de dezenas de milhões de dólares, eram vendidas por 3 a 5 mil dólares. Os edifícios - alguns sendo elegantes exemplos da arquitetura russa – e as moradias, eram vendidas por 3 a 5 mil dólares. Durante este mau período para a Rússia, um cidadão russo chamado Sergei Putin entrou em cena, dizendo que levantaria novamente o seu país e ergueria a honra do seu povo. O postulado de Putin encontrou resposta na sociedade russa e o povo começou a reunir-se em torno do seu presidente. Perante isto, os meios de comunicação sob o controlo dos oligarcas e dos favorecidos pela antiga ordem, atacaram Putin da mesma forma que Trump está agora a ser atacado.

Depois de se sentar na cadeira da presidência, Putin enfrentou uma sublevação por parte dos oligarcas, da máfia e dos que se alimentavam da antiga ordem, que se recusaram a aceitar a ordem legal legítima. Continuaram a portar-se como se fossem um estado dentro do estado.

Um ataque parecido ao que está a ser feito a Trump, foi também levado a cabo contra Recep Tayyip Erdogan, que o povo turco trouxe ao poder com grande apoio em 2 002. O estado da República da Turquia que tem uma acumulação de império e riqueza desde há milhares de anos, antes de Erdogan estava num estado em que até dependia de 1 milhão de dólares. Já não havia autoridade nem prestígio no estado. As forças ilegais e os seus parceiros nas instituições públicas, tinham tomado o controlo do país como um polvo. As leis já não defendiam as pessoas comuns, mas apenas os fortes.

Erdogan há 15 anos, tal como Trump agora, comprometeu-se com a criação de um país mais rico no qual fosse possível viver, e adotou as políticas adequadas para que fossem atingidos estes compromissos. A primeira coisa que fez assim que chegou ao poder, foi lutar contra a economia informal. E sabia que a forma de conseguir isto seria rever as leis sobre a autoridade. Garantiu que as leis seriam iguais para todos os cidadãos. Fez uma intervenção profunda no setor da saúde – um dos buracos mais negros da economia do país – e garantiu que todos os cidadãos tivessem acesso a serviços gratuitos.

A Turquia, que bateu às portas durante dias para conseguir 5 milhões de dólares para pagar ao FMI, melhorou logo a seguir. E a partir desse momento, o capital, os meios de comunicação social e a burocracia que se alimentavam do sistema estabelecido na Turquia, passaram ao ataque coordenados contra Erdogan. Durante a sua passagem no posto de primeiro ministro, durante muito tempo o exército e a burocracia de Ancara insistiram em não respeitar as ordens do governo legítimo. Até o exército publicou um memorando contra Erdogan, mas deparou-se com uma reação inesperada: Erdogan reagiu severamente contra o memorando e calou a boca dos golpistas.

Ao recusar severamente o memorado, Recep Tayyip Erdogan calou os soldados que o escreveram. Há quase 200 anos, depois do Sultão Mahmut II ter passado a controlar os solados, foi a primeira vez que que um governante civil passou a controlar os militares. Ao passar a controlar as Forças Armadas, Erdogan escreveu o seu nome das páginas da história da Turquia.

Calúnias semelhantes às feitas contra Putin, Erdogan e Trump, foram também feitas contra a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Ela queria mudar a ordem instalada que atuava como um polvo sobre a sociedade. Rousseff, uma ex-militante marxista, quis que o governo atuasse tendo o bem estar do povo como objetivo. Ela sentou-se na cadeira presidencial com os votos do povo, e era vista como uma pessoa que se revoltou contra a situação do seu povo, que vivia no limiar da pobreza, num país com grandes riquezas no solo e no subsolo. Ela defendeu a igual repartição das receitas das instituições públicas entre todos os cidadãos e a supremacia do estado de direito, e começou a dar vida aos seus projetos. Isto fez com que Rousseff fosse atacada pelos oligarcas da antiga ordem estabelecida contra o país.

É interessante ver como todos estes líderes eleitos pelo povo, são atacados pelos meios de comunicação soberanos. O povo brasileiro não pôde estar do lado da sua própria presidente, tal como os turcos e os russos foram forçados a voltar ao seu antigo sistema, que tornava os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. E assim, a revolução no Brasil ficou a meio do caminho.

Trump diz que irá proteger os direitos dos americanos pobres e infelizes. Diz que irá desenvolver o seu país e que tornará felizes dezenas de milhões de infelizes. Diz que vai derrubar o antigo sistema oligárquico e criar uma ordem justa e próspera para o povo americano. Veremos, se o povo americano, tal como os turcos, poderão estar ao lado do presidente que elegeram. Será uma coincidência, que sejam os centros alimentados pelo antigo sistema, sempre aqueles que estiveram por detrás dos ataques feitos a 4 líderes de cores políticas distintas, em 4 países?



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