O Papa Francisco rezou pelas vítimas e pediu paz em meio às ruínas de Mosul, no Iraque

O Papa Francisco dirigiu um culto de oração no domingo pelas vítimas da guerra na cidade de Mosul, no norte do Iraque, que já esteve nas mãos do grupo terrorista DAESH. No terceiro e último dia de sua visita, o Papa celebrou a missa nas ruínas da cidade, onde antes havia quatro igrejas.

"Como é cruel que este país, o berço da civilização, tenha sido atingido por um golpe bárbaro, com antigos locais de culto destruídos e milhares de pessoas - muçulmanos, cristãos, yazidis e outros - deslocados à força ou mortos", afirmou o Papa Francisco para a multidão.

O papa condenou o extremismo e declarou em seu sermão na praça Hosh al Bieaa da cidade: "Hoje, porém, reafirmamos nossa convicção de que a fraternidade é mais durável do que o fratricídio, que a esperança é mais poderosa do que o ódio, que a paz é mais poderosa do que a guerra. "

O Sumo Pontífice pediu aos cristãos de Mosul que retornassem à cidade, de onde foram forçados a fugir pelos ataques dos terroristas do DAESH; o grupo acabou sendo derrotado e expulso da cidade em 2017 em uma batalha sangrenta.

No final de sua visita à praça da cidade, o Papa Francisco soltou uma pomba branca como um símbolo de paz, um tema regular e tradicional de suas visitas papais.

Francisco também visitou a cidade cristã de Bakhdida, também conhecida como Qaraqosh, na província de Nínive, antes de retornar a Erbil na tarde de domingo para celebrar uma missa diante de quase 10.000 participantes no Estádio Franso Hariri.

Na manhã de domingo, o Papa Francisco visitou Erbil, capital da região curda do norte do Iraque, e se encontrou com os líderes da Administração Regional Curda.

No sábado, o Sumo Pontífice teve um encontro histórico com o principal clérigo xiita do Iraque, Ali Al-Sistani, na cidade de Najaf, no sul do país.

O Papa Francisco chegou a Bagdá na sexta-feira passada, onde se encontrou separadamente com o primeiro-ministro iraquiano Mustafa al-Kadhimi e o presidente Barham Salih, bem como com outros governantes iraquianos e figuras religiosas. Esta foi a primeira visita de um papa ao Iraque.