Continuam em muitos países as manifestações contra o racismo

Manifestantes em muitos países protestam contra o assassinato de George Floyd, um cidadão afro-americano, morto pela polícia dos Estados Unidos no dia 25 de maio.

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Continuam em muitos países as manifestações contra o racismo

Na cidade inglesa de Bristol, manifestantes anti-racismo destruíram a estátua de um comerciante de escravos.

As manifestações iniciadas no Reino Unido continuam, na sequência do assassinato de George Floyd, um cidadão afro-americano, morto pela polícia dos Estados Unidos no dia 25 de maio.

Dois protestos independentes foram organizados em frente ao edifício da Embaixada dos Estados unidos na capital do país, Londres, e em frente à residência do primeiro ministro britânico.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem como "As vidas negras são importantes" ou "A Inglaterra não é inocente". Os manifestantes exibiram faixas dizendo "Se não há justiça, não há paz", "basta" e "Trump e Boris são racistas".

Os manifestantes atiraram garrafas de vidro e pedra contra os agentes de polícia que garantiam a segurança da via pública.

Um agente de policia foi ferido na cabeça e um manifestante foi preso. Após o incidente, a polícia evacuou os manifestantes em frente à residência do primeiro ministro. Alguns manifestantes continuaram no entanto atrás da linha defendida pela polícia, que fechou a rua.

Há ainda relatos de veículos da polícia em algumas partes da cidade terem sido atacadas com pedras.

Para além de Londres, também foram organizados protestos nas cidades de Bristol e em Edimburgo a capital da Escócia.

Os manifestantes em Bristol destruiram a estátua de Edward Colston - que fazia tráfico de escravos – atirando a sua estátua ao rio.

Na capital belga de Bruxelas, também foi organizado um protesto em frente ao Palácio da Justiça, com a participação de milhares de manifestantes. Quase 10 mil pessoas reunidas na Praça Poelaert protestaram contra a violência e contra o racismo da polícia, gritando palavras de ordem como "A vida dos negros é importante".

Durante o protesto, foi lida uma declaração dizendo “O assassinato de George Floyd nos Estados Unidos chocou muitas pessoas. Muitos de nós estão cansados ​​da violência policial contra pessoas de ascendência africana. Queremos justiça para todas as vítimas de violência policial na Bélgica”.

Os protestantes gritaram também palavras de ordem como "Justiça para Floyd" e "Não há paz se não houver justiça" e exibiram faixas contra o racismo.

Manifestações semelhantes foram também organizadas nas cidades belgas de Gent, Anvers, Hasselt e Ostend, com a participação de centenas de pessoas.

A morte de Floyd, vítima de violência policial, foi também contestada por mais de mil pessoas na capital dinamarquesa de Copenhaga.

Milhares de pessoas reuniram-se em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Copenhaga, na sequência do apelo feito através das redes sociais pelo movimento "A vida dos negros é importante" (Black Lives Matter).

Os manifestantes protestaram contra o racismo e a violência policial, com faixas dizendo coisas como "Não consigo respirar", "A vida dos negros é importante", "O racismo é uma pandemia" e "Destrói a supremacia branca". Houve também cartazes dizendo “A lavanderia é o único lugar onde se separam as cores"," o ser humano é uma raça única", "fim ao racismo sistemático ", "George Floyd", "Ficar em silêncio é violência" e "Não pode haver paz sem justiça".

Os manifestantes marcharam som de música e gritando palavras de ordem em frente ao Palácio Christianborg, a sede do parlamento dinamarquês.

Os manifestantes reuniram-se na praça depois dos discursos em frente ao parlamento, ajoelhando-se tal como fez um ex-jogador de futebol americano contra a violência policial. Os protestos, que duraram três horas, terminaram sem incidentes.

No dia 25 de maio, no estado americano do Minnesota, o afro-americano George Floyd morreu sufocado depois de um polícia branco ter posto o seu joelho no pescoço de Floyd, , apesar dele dizer "Não consigo respirar". Mas o polícia nunca retirou o seu joelho do pescoço de Floyd, acabando por mata-lo.

O incidente desse dia deu origem a protestos e a cenas de violência em todas as cidades dos Estados Unidos.



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