Primeiro ministro da Geórgia acusa Saakashvili pelos acontecimentos em Tblissi

O primeiro ministro georgiano, Mamuka Bakhtadze, acusou o ex-presidente Mikhail Saakashvili de ser o responsável pelas manifestações de protesto que continuam desde há 8 dias em Tblissi, a capital do país.

As manifestações começaram em reação contra o discurso de um deputado russo, que presidiu à Assembleia Geral Interparlamentar Ortodoxa, no passado dia 20 de junho.

Os manifestantes concentraram-se ontem à noite em frente ao Parlamento, para reiterarem a sua exigência de demissão do ministro do Interior. A seguir, marcharam até à residência de Bidzina Ivanishvili, o fundador do Partido do Sonho Georgiano, que está no governo. Em frente à residência de Ivanishvili, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o ex-primeiro ministro, que é agora um empresário multi-milionário.

“O ex-presidente da Geórgia teve influência na tentativa dos manifestantes de irromperem pelo edifício do parlamento, no dia 21 de junho” – afirmou Bakhtadze durante uma conferência de imprensa.

O atual primeiro ministro responsabilizou Saakashvili, que não pode regressar ao seu país desde 2 013 por causa de um mandado de captura, e por isso vive na Ucrânia. Bakhtadze acusa também alguns grupos apoiados pelo ex-presidente de serem os responsáveis pelos acontecimentos de 21 de junho.

O primeiro ministro garantiu que grupos agressivos tentaram atacar a constituição do país, “aproveitando-se de uma manifestação honesta dos cidadãos”.