Depois de 71 anos da 'Nakba', os palestinos ainda desejam voltar para suas casas

Os palestinos usam o termo árabe 'Nakba', que também é conhecido como 'A Catástrofe', para se referir quando eles foram expulsos da Palestina em 1948.

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Depois de 71 anos da 'Nakba', os palestinos ainda desejam voltar para suas casas

Depois de mais de sete décadas desde sua histórica expulsão da Palestina em 1948, os palestinos continuam a encontrar novas maneiras de pressionar por seu precioso direito de voltar para suas casas.

Há 71 anos, centenas de milhares de palestinos foram forçados a fugir de suas aldeias e cidades na histórica Palestina para países vizinhos: Jordânia, Líbano e Síria.

Outra parte dos palestinos foi deslocado para a Faixa de Gaza e na Cisjordânia, em meio a crescentes ataques de grupos sionistas que foram destinados a limpar o caminho para a criação do Estado de Israel.

Em 9 de abril de 1948, mais de 250 palestinos foram mortos por grupos sionistas que realizaram um ataque mortal na aldeia palestina de Deir Yassin.

Essas expulsões de 1948 são conhecidas pelos palestinos como "Nakba", um termo que em árabe significa "catástrofe".

O conflito entre a Palestina e Israel remonta a 1917, quando o governo britânico, através da Declaração de Balfour, chamada de "o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu.

"De acordo com a Agência das Nações Uniddas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), mais de 1,5 milhão de palestinos estão distribuídos em 58 campos de refugiados no Líbano, Jordânia, Síria, Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental Este.

Apesar das longas décadas de sofrimento que enfrentaram, os palestinos continuam a defender seu direito de retornar às suas casas e aldeias na histórica Palestina, sempre procurando maneiras de garantir esse direito.

Uma dessas formas, planejada há pouco mais de um ano, era organizar protestos semanais na fronteira entre Gaza e Israel.

Desde que as manifestações conhecidas como a Grande Marcha de Retorno começaram em março do ano passado, e que acontecem na sexta-feira de cada semana, cerca de 270 manifestantes foram mortos e outros milhares foram feridos nas mãos de soldados Israelenses implantados na fronteira.

"O direito de retorno é o eixo central da causa palestina", disse Ahmed Abu Ruteima, um dos organizadores da Longa Marcha do Retorno, em declarações à Agência Anadolu.

"Os refugiados palestinos ainda acreditam neste direito", disse o organizador.

"As novas gerações herdaram as chaves das casas de seus avós como uma forma de manter esse direito vivo em suas mentes."

* Daniela Mendoza contribuiu para a redação desta nota - AA



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