África do Sul se opõe a qualquer mudança "desnecessária" na Venezuela
Eleições na Venezuela foram baseadas em leis, disse o embaixador sul-africano na ONU.
A África do Sul se opõe a qualquer "tentativa desnecessária e inconstitucional de mudar" o governo na Venezuela, disse o embaixador sul-africano na ONU.
"O Conselho de Segurança não deve ser um instrumento para validar mudanças inconstitucionais de qualquer governo", disse Jerry Matjila em um comunicado.
Na quarta-feira, Juan Guaidó, presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, declarou-se presidente interino do país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Guaidó como presidente da Venezuela.
Maduro respondeu cortando relações diplomáticas com Washington e deu aos diplomatas norte-americanos 72 horas para deixar o país.
Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá e Paraguai também reconheceram Guaidó, enquanto Bolívia e México reconhecem Maduro.
Rússia e China se opuseram ao pedido dos EUA de apoiar Guaidó e rejeitaram a interferência internacional nos assuntos internos da Venezuela. Turquia e Irã reconhecem Maduro como presidente da Venezuela.
O embaixador sul-africano ressaltou que a eleição presidencial da Venezuela em 20 de maio de 2018 foi baseada em suas leis nacionais.
"É por isso que o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, parabenizou o presidente Maduro depois de sua posse como presidente", disse Majtila.
"Qualquer insatisfação com a disputa deve ser resolvida pacificamente através dos mecanismos e processos apropriados estipulados na Constituição venezuelana e em suas leis eleitorais, sem influência externa", acrescentou.
O enviado apoiou uma declaração do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, escrita em Davos, na Suíça, em 24 de janeiro de 2019, na qual ele pediu para acalmar as tensões na Venezuela, a fim de evitar surtos de violência.
(Serviço Espanhol da Agência Anadolu)