Senadores dos EUA acreditam que o príncipe herdeiro estava ciente do assassinato de Khashoggi

Entrevistado pela NBC News, o senador republicano da Carolina do Sul, Lindsey Graham, disse que não recebeu um briefing da CIA sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

"Eu não acho que essas 15 pessoas, ou não sei quantos, voaram para a Turquia sem o conhecimento do príncipe herdeiro para desmembrar o grande crítico. Qualquer um que tenha conhecimento da Arábia Saudita e do príncipe herdeiro não poderia cometer esse assassinato sem o conhecimento de Bin Salman. Se esta vai ser a nova cara da Arábia Saudita, o reino viverá tempos difíceis no sentido global. Os sauditas são aliados importantes, mas, quanto ao príncipe herdeiro, ele é uma pessoa irracional e desequilibrada. Eu acho que é um enorme dano às relações americano-sauditas. Não pretendo trabalhar com ele novamente", resumiu o senador.

Além disso, o senador republicano do Arizona, Jeff Flake, criticou Trump por ter descrito a Arábia Saudita como 'ótimo aliado' e disse que o príncipe era o único que deu a ordem para o massacre e que "os EUA vão enfrentar essa verdade cedo ou tarde".

O representante do Partido Democrata para a Califórnia, Adam Schiff, que falou à ABC News, disse que ouviu a sessão da CIA. "Não parece lógico para mim que o assassinato de um importante jornalista e crítico do regime tenha sido cometido sem o conhecimento prévio do príncipe herdeiro". "O Irã é nosso inimigo; A Arábia Saudita é importante para nós enfrentarmos o Irã. Mas não é isso que nosso amigo faz, porque nossos amigos não matam jornalistas".

O democrata Ted Lieu (CA) criticou o Departamento de Estado que anunciou que "não é verdade que o governo dos EUA chegaram a uma conclusão".

"Caro Departamento de Estado. Os sauditas estavam mentindo há 17 dias dizendo que não haviam matado Khashoggi. E eles mudaram sua versão muitas vezes. Realmente, você conta com os sauditas em vez da CIA? Seu trabalho é representar os EUA, não a Arábia Saudita."