G7 e UE condenam assassinato do jornalista saudita Khashoggi
Em uma declaração conjunta, as agências alegaram que a explicação saudita deixa muitas perguntas sem resposta.
Os ministros das Relações Exteriores dos países do G7 e da União Europeia condenaram nesta terça-feira "nos mais fortes termos possíveis o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, que o Reino da Arábia Saudita confirmou ter ocorrido em seu consulado em Istambul".
"A confirmação da morte de Jamal Khashoggi é um primeiro passo em direção à total transparência e responsabilidade", diz a declaração conjunta dos Ministros das Relações Exteriores do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos e o alto representante da União Europeia.
"No entanto, as explicações oferecidas deixam muitas perguntas sem resposta", acrescentou.
A declaração seguiu os comentários do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que durante um discurso descreveu o assassinato de Khashoggi como "premeditado".
Khashoggi, colunista do The Washington Post, desapareceu desde que entrou no consulado da Arábia Saudita, em Istambul, em 2 de outubro.
Após dias se recusando a revelar seu paradeiro, a Arábia Saudita afirmou na semana passada que Khashoggi morreu durante uma briga dentro do consulado.
No dia do desaparecimento de Khashoggi, 15 outros sauditas, incluindo vários funcionários, chegaram a Istambul em dois aviões e visitaram o consulado enquanto o jornalista ainda estava dentro, de acordo com fontes policiais turcas. Todos os indivíduos identificados desde então deixaram a Turquia.
A UE e os países do G7 reiteraram a "expectativa de uma investigação completa, credível, transparente e rápida pela Arábia Saudita, em colaboração com as autoridades turcas, e um relatório completo e rigoroso das circunstâncias que cercam a morte do Sr. Khashoggi."
"Os perpetradores do assassinato devem ser responsabilizados", acrescentou o comunicado.
A Arábia Saudita "deve estabelecer medidas para garantir que algo assim nunca aconteça novamente", disse o comunicado.
Oferecendo condolências à família do jornalista, o comunicado acrescentou: "As circunstâncias da morte de Khashoggi reafirmam a necessidade de proteger os jornalistas e a liberdade de expressão em todo o mundo".
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