Conselho de Segurança da ONU aprova sanções mais duras jamais impostas à Coreia do Norte

"A Coreia do Norte salvará o seu futuro se concordar em parar o seu programa nuclear e viverá em paz desde que o comprove"

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Conselho de Segurança da ONU aprova sanções mais duras jamais impostas à Coreia do Norte

O Conselho de Segurança da ONU aprovou o projeto de resolução com as "sanções mais duras" previstas até agora contra a Coreia do Norte que continua o seu programa nuclear e seus testes de mísseis balísticos.

Depois que a Coreia do Norte realizou na semana passada seu sexto teste nuclear, que foi o mais poderoso desde 3 de setembro de 2016, foi apresentado a ratificação do Conselho de Segurança o projeto de resolução elaborado pelos Estados Unidos para a aplicação de novas sanções econômicas contra Pyongyang.

O projeto de lei foi aprovado com votos a favor de 15 países. Assim, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a nona resolução desde 2006 que contém sanções econômicas e militares contra a Coreia do Norte.

As novas sanções impõem limitações à exportação para a Coreia do Norte de petróleo refinado e produtos petrolíferos. A venda de petróleo para a Coreia do Norte será limitada a partir de outubro até o final do ano com 500 mil barris e em 2018 essa limitação será de 2 milhões de barris.

Esta nova resolução também impõe a proibição da venda de gás natural.

Após a exportação de carvão, a maior fonte de renda do país, sua segunda fonte de renda que alcança o valor de 760 milhões de dólares, o setor têxtil, também foi proibido.

A resolução anterior do Conselho de Segurança proibiu a exportação de produtos de carvão, têxteis, ferro e produtos marinhos de 2,7 bilhões de dólares, o que representa 90% das exportações norte-coreanas.

A representante permanente dos EUA junto a ONU, Nikki Haley, falou após a sessão do pleno: "Adotamos as sanções mais duras até agora contra a Coreia do Norte. A Coreia do Norte salvará seu futuro se concordar em parar seu programa nuclear. E ela viverá em paz se provar isso".

A China e a Rússia propuseram que os EUA e a Coreia do Sul suspendessem suas manobras conjuntas e iniciassem negociações em troca de que a Coreia do Norte suspendesse seu programa nuclear e seus testes de mísseis balísticos.

O representante da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse o seguinte sobre o tema: "Pensamos que seria um grande erro levar a proposta da China e da Rússia. Esta proposta está sobre o tapete e continuaremos a insistir nela".



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