ONU encerra missão de paz no Haiti

O Conselho de Segurança da ONU votou na quinta-feira, por unanimidade, pelo fim de sua missão de paz de 13 anos no Haiti nos próximos seis meses e substitui-la por uma polícia menor.

O chefe da ONU, Antonio Guterres, recomendou o encerramento da missão de US$ 346 milhões, já que os EUA, o maior contribuinte para a missão com 28,5%, querem cortar seu financiamento.

O embaixador britânico da ONU, Matthew Rycroft, disse que "apoiamos firmemente o fim desta missão transformando-a em algo mais".

"O que precisamos agora é de uma missão recém-configurada que se concentra no Estado de Direito e nos direitos humanos no Haiti".

Rycroft disse que os pacificadores "são muito caros e só devem ser usados quando necessário".

O Conselho de Segurança reconheceu a conclusão da eleição presidencial do Haiti, juntamente com a inauguração de seu novo presidente, como um "marco importante para a estabilização" no país caribenho.

Existem 2.342 tropas da ONU no Haiti, que se retirarão nos próximos seis meses. A nova missão será estabelecida por seis meses iniciais, de 16 de outubro de 2017 a 15 de abril de 2018, e deverá sair dois anos após sua criação.

As forças de paz foram desdobradas em 2004, quando uma rebelião levou à expulsão e ao exílio do então presidente Jean-Bertrand Aristide.

A missão foi acusada de abuso sexual e culpada pelo surto de cólera, pois o país estava livre de cólera até 2010, quando soldados da paz despejaram esgotos contaminados em um rio.

Mas a ONU não aceita responsabilidade legal pelo surto da doença, que tem causado diarréia incontrolável.

Cerca de 9.300 pessoas morreram e mais de 800.000 pessoas ficaram doentes.

Fonte: TRTWorld e agências