Líderes pedem reforma no Conselho de Segurança da ONU
Os líderes do Brasil, Alemanha, Índia e Japão dizem que o corpo de 15 membros não reflete as realidades do século 21
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ser reformulado, a fim de refletir as realidades atuais, disseram os líderes do Brasil, Alemanha, Índia e Japão, neste sábado.
O apelo foi feito em uma declaração conjunta após uma reunião da cúpula dos quatro países conhecidos como o G-4 no hotel Waldorf Astoria, em Nova York.
Os líderes estão nos EUA para a 70º reunião da Assembleia Geral da ONU.
"Os líderes do G-4 salientaram que um Conselho de Segurança mais representativo, legítimo e eficaz é necessário mais do que nunca para enfrentar os conflitos e crises globais, que tem aumentado nos últimos anos", dizia o comunicado.
Os líderes "compartilharam a opinião de que isto pode ser conseguido por refletir as realidades do século 21, onde mais Estados membros têm a capacidade e disposição para assumir grandes responsabilidades em matéria de manutenção da paz e da segurança internacionais", acrescentaram.
A estrutura do Conselho de 15 membros está enfrentando críticas por influência primordial de membros permanentes cujos interesses nacionais regularmente triunfam sobre suas ações nas crises humanitárias, mais recentemente na Síria e na Ucrânia.
Muitos descreveram os privilégios detidos pelos cinco membros permanentes - Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos - anacrônicos e longe de representar as realidades culturais e geopolíticas do mundo.
A declaração do G-4 reivindicou assentos para o Brasil, Alemanha, Índia e Japão permanentes em um Conselho de Segurança alargado e reformado; e também expressou seu apoio à representação permanente da África no corpo.
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