Kerry: ISIS é uma ameaça para os EUA, não a Rússia
A "ameaça existente é o rápido crescimento de grupos extremistas como o ISIS", diz Departamento de Estado.
O mais alto diplomata norte-americano não concorda que a Rússia represente a maior ameaça para os EUA, disse um porta-voz do Departamento de Estado nesta sexta-feira.
"Certamente, temos divergências com a Rússia e com suas ações junto ou dentro da região, mas não a vemos como uma ameaça existente", disse Mark Toner.
"O secretário John Kerry não concorda com a avaliação de que a Rússia é uma ameaça existencial para os Estados Unidos, nem mesmo a China."
Os comentários de Toner estavam em observações de resposta por Joseph Dunford, candidato a se tornar o próximo presidente do Joint Chiefs of Staff, que disse durante suas audiências que a Rússia representa a maior ameaça à segurança nacional dos EUA.
"O que o secretário considera uma ameaça existente é o rápido crescimento dos grupos extremistas, como o ISIS, particularmente em espaços sem governo", disse Toner.
A análise da Rússia vem em meio a um dos piores períodos das relações Rússia-EUA desde o final da Guerra Fria em 1991, prejudicada em grande parte pela anexação da Rússia á Península da Criméia e o apoio aos separatistas na Ucrânia oriental.
A capacidade do ISIS e da Al Qaeda em "atrair combatentes estrangeiros" representa uma ameaça "real e tangível" para os EUA, disse Toner.
O Diretor do FBI, James Comey disse que mais de 200 americanos viajaram ou tentaram viajar para a Síria para lutar no conflito.
O Departamento de Estado disse anteriormente que o foco dos EUA dentro da Síria é lutar contra o ISIS.