Irão: "os Estados Unidos temem o nosso povo, não as nossas armas"

“A ideia de fazer derrubar a República Islâmica no Irão é uma realidade americana, e nós atuamos em resposta a isso” – afirmou o ministro iraniano.

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Irão: "os Estados Unidos temem o nosso povo, não as nossas armas"

Durante o seu discurso no parlamento iraniano, depois da apresentação da moção sobre o "programa de mísseis de Teerão" apresentado por Mujtaba Zunnur - o presidente da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento do Irão - o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohamed Javad Zarif, avaliou a capacidade militar do seu país e dos Estados Unidos.

"Segundo fontes confiáveis, o governo de Washington decidiu destruir a central nuclear de Fordo em Qom, mas suspendeu a decisão por causa da preocupação de que o incidente pudesse fortalecer a solidariedade entre o povo iraniano", disse Zarif, que recordou as palavras do aiatolá Khamenei, que disse : "O mártir Soleimani é mais influente que o comandante Soleimani".

Zarif destacou que os Estados Unidos gastam todos os anos 2 mil milhões de dólares em defesa militar, enquanto que o Irão gasta apenas 16 mil milhões.

“O nosso país não se protegerá com armas que não são tão fortes como a capacidade militar dos Estados Unidos. O que nos protegerá será a cultura e a abnegação do nosso povo. O que desencadeou a fraqueza americana não é nossa capacidade de armas, mas sim a nossa unidade. Os Estados Unidos temem o nosso povo, não as nossas armas. A nossa capacidade de defesa é conhecida no mundo ” - afirmou Zarif - que disse também que Washington procura derrubar o regime do Irão há quarenta anos.

“A ideia de fazer derrubar a República Islâmica no Irão é uma realidade americana, e nós atuamos em resposta a isso” – afirmou o ministro iraniano, que deixou a pergunta: “Qual é o sentido de abordar o mundo a partir da lógica militar?”

Zarif acrescentou ainda que “o que mostrou a nossa força ao mundo após o assassinato de Soleimani, foi o nosso povo que encheu as praças. As pessoas têm sido a mostra da nossa força”.

O ministro iraniano disse que relativamente ao acordo nuclear, o vencedor não foram os países da UE, mas sim o Irão.

“A UE teve que deixar de lado a política contra os Estados Unidos. O governo dos EUA está num ponto de rutura para obrigar a UE a deixar o acordo nuclear, e por isso Washington ameaça aumentar as tarifas alfandegárias em 25%”.



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