O povo libanês vai continuar com as manifestações até que seja criado um novo governo

Mais uma vez os libaneses saíram às ruas para protestar.

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O povo libanês vai continuar com as manifestações até que seja criado um novo governo

O povo do Líbano, que começou a manifestar-se no dia 17 de outubro para protestar contra a crise económica e as políticas fiscais, pede a continuação das manifestações até que seja criado um novo governo. Os libaneses estão nas ruas para protestarem contra as novas políticas fiscais. Ontem, voltaram a encher-se as praças dos Mártires e de Riad Sulh, em Beirute, depois da demissão do primeiro-ministro Saad al-Hariri a 29 de outubro.

Os protestantes nas manifestações juntaram-se sob o nome de 'Dia da Unidade' na capital e em outras regiões do país, e tentaram fazer ouvir as suas vozes com slogans como “revolução, não à política sectária”, “regresso dos bens públicos roubadas desde há anos” e “peça contas aos corruptos”.

Os manifestantes pedem que sejam feitas greves gerais e bloqueadas as estradas a partir de hoje, até que seja criado um novo e mais pequeno governo independente, composto apenas por tecnocratas.

Os libaneses começaram os protestos no 17 de outubro, em reação à iniciativa do governo de aplicar novos impostos à comunicação e em particular sobre a app WhatsApp, uma rede de comunicação social.

Embora o ministro da Comunicação, Muhammed Sukayr, se ter demitido após o anúncio da decisão de aplicar impostos sobre o WhatsApp, os protestos alargaram-se a todo o país.

No dia 21 de outubro, o governo de Hariri tomou algumas decisões para acalmar a crise económica, mas isso não foi suficiente para travar os protestos. Na capital do país, Beirute, elementos pro Hezbollah e Amal atacaram os protestantes contra o governo.

Antes da continuação dos protestos, Hariri declarou a 29 de outubro que tinha chegardo a um acordo para criar um governo que defendesse os interesses supremos dos libaneses e apresentou a sua demissão ao presidente Michel Aoun. O Presidente Aoun pediu a Hariri que continuasse no seu cargo, até que um novo governo seja empossado.



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