Haftar acusa a ONU de dividir a Líbia

O líder das forças militares no leste da Líbia, o general Khalifa Haftar, deu a mensagem para continuar osconflitos ao redor da capital Trípoli e acusou a ONU de tentar destruir o país.

Haftar, em sua entrevista para o jornal francês "Le Journal du Dimanche", chamando os grupos armados do governo do Acordo Nacional da Líbia, que tem legitimidade internacional, de "milícia", disse: "Sim, claro que uma solução política é o objetivo principal, mas para retornar à solução política devemos terminar com as milícias primeiro.

"Haftar acusou o enviado especial da ONU para a Líbia, Gassan Salama, de ser "parcial". As acusações de Haftar vieram depois do discurso de Salama na semana passada no Conselho de Segurança da ONU.

Salama, em seu discurso, descreveu os conflitos em torno de Trípoli como "um limite da guerra civil que poderia evoluir para a desintegração da Líbia".

Salama criticou a operação armada contra a capital da Líbia sem mencionar o nome de Haftar, e descreveu os conflitos como "o início de uma longa e sangrenta guerra que poderia afetar as costas ocidentais e ao redor do Mediterrâneo".

O líder das forças militares no leste da Líbia, o general, Khalifa Haftar, deu a ordem de atacar em 4 de abril para ocupar a capital Trípoli, e antes disso, as tropas do Governo do Acordo Nacional da Líbia iniciaram a Operação Burkan al-Gadab (Operação Ira do Vulcão).

Na Líbia, onde a crise de legitimidade continua desde 2011, os conflitos entre as forças leais a Haftar e as tropas do Governo do Acordo Nacional estão em andamento há dois meses.

Segundo os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde, pelo menos 560 pessoas morreram e 2.855 foram feridas pelos combates.