Autoridades dos EUA dizem que o vice-líder da Al Qaeda morreu na Síria
Abu Khayr al-Masri foi morto quando um míssil disparado de um drone atingiu o pequeno carro em que estava viajando. O militante egípcio era genro de Osama bin Laden.
Um míssil norte-americano disparado por um drone da CIA matou o líder sênior da Al Qaeda, Abu Khayr al-Masri, no domingo, enquanto viajava em um carro perto da cidade de Idlib, no noroeste do país.
O al-Masri de 59 anos, cujo nome verdadeiro era Abdullah Muhammed Rajab Abdulrahman, era o segundo oficial após o líder do grupo, Ayman al-Zawahiri, e um membro do seu conselho de shura, disse que o funcionário, que foi informado sobre o ataque e falou sob condição de anonimato.
Ele também foi casado com uma das filhas de Osama bin Laden, acrescentou o funcionário.
O oficial disse que Masri, como ele era amplamente conhecido, tinha procurado refúgio no Irã depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, e estaria na Síria ajudando a dirigir Jabhat Fateh al-Sham, um ramo da Al Qaeda anteriormente chamado de Frente Nusra, disse o oficial.
Os iranianos o libertaram de prisão domiciliar há quase dois anos, em troca de um diplomata sendo mantido refém no Iêmen pela Al Qaeda na Península Arábica, disse o oficial.
Um diplomata iraniano refém no Iêmen desde 2013 voltou para Teerã em 2015 em meio a relatos conflitantes de como ele foi libertado de seus sequestradores não identificados.
Na época, o Irã disse que o diplomata havia sido resgatado por uma operação de inteligência iraniana no Iêmen. Mas a mídia iemenita administrada pelo grupo iraniano Houthi disse que o diplomata foi libertado em uma troca de prisioneiros.
A morte de Masri foi o fim de uma caçada de quase 19 anos dos EUA.
Um segundo funcionário norte-americano, também falando sob condição de anonimato, disse que Masri foi considerado um dos planejadores dos ataques de 1998 às embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia.
Fonte: Reuters
