Israel suspende autorizações de entrada para os palestinos após ataque

Os palestinos serão impedidos de visitar familiares e locais sagrados em Jerusalém durante o Ramadã.

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Israel suspende autorizações de entrada para os palestinos após ataque

As autorizações de entrada para 83.000 palestinos foram suspensas durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã na sequência de um ataque mortal em Tel Aviv, Israel anunciou na quinta-feira.

Os palestinos serão impedidos de visitar os membros da família e atender as orações do Ramadã em Jerusalém e também de viajar para o exterior após o ataque de quarta-feira, que matou quatro pessoas em um mercado popular perto da sede militar de Israel no centro de Tel Aviv.

Os dois agressores foram identificados pela polícia como palestinos da aldeia de Hebron, que estavam "se passando por clientes" antes do incidente, segundo a Reuters.

Um dos agressores foi preso, enquanto o outro foi internado em um hospital após ser ferido por tiros.

Em resposta ao incidente, Israel impôs restrições de circulação dos palestinos.

"Todas as licenças para o Ramadã, especialmente as licenças para visitas de familiares de Judéia e Samaria [Cisjordânia] para Israel, são congeladas", disse um comunicado da Coordenação das Atividades do Governo nos Territórios (COGAT), a unidade do Ministério da Defesa que administra assuntos civis na Cisjordânia ocupada.

De acordo com COGAT, 83.000 palestinos serão afetados pela medida, e as licenças para permitir que até 500 pessoas de Gaza participem de orações de sexta-feira na mesquita Al-Aqsa controlada por Israel durante o Ramadã também serão suspensas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que visitou o local do ataque depois de voltar de uma viagem a Moscou, chamou o incidente de quarta-feira de "assassinato terrorista de sangue frio" e prometeu implementar uma série de medidas preventivas em resposta.

"Discutimos uma série de medidas defensivas e ofensivas que devemos tomar a fim de agir contra este fenómeno", indicou o gabinete de Netanyahu citando o premier como dizendo.

"Haverá ação intensiva pela polícia, exército e outros serviços de segurança, não apenas para pegar cada cúmplice deste crime, mas também para evitar novos incidentes."

A violência já matou desde outubro pelo menos 207 palestinos, 28 israelenses, dois americanos, um eritreu e um sudanês.

Na semana passada em Paris, representantes de 28 países, a Liga Árabe, União Europeia e Nações Unidas se reuniram para discutir formas de reiniciar os esforços de paz entre israelenses e palestinos.

Na sequência da reunião da semana passada, a França espera realizar uma conferência internacional de paz antes do final do ano.

Fonte: TRTWorld e agências



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