Ajuda chinesa para o vírus recebe recepção cautelosa na França

A embaixada da China, líderes empresariais e associações de expatriados na França entregaram máscaras, desinfetantes e luvas aos seus compatriotas em resposta a um apelo urgente de 31 de março e assinado por cerca de 20 órgãos representando o povo chinês da França.

Uma operação da comunidade chinesa da França para ajudar a diáspora durante o surto de coronavírus, distribuindo máscaras, desinfetantes e luvas, provocou perguntas e problemas legais para alguns de seus apoiadores.

Céticos quanto à resposta do governo francês à epidemia, a embaixada chinesa, líderes empresariais e associações de expatriados distribuíram os chamados "kits covid", máscaras e outros equipamentos de proteção a seus compatriotas. Mas isso causou alguns problemas com a lei.

Entre as máscaras apresentadas, estava o altamente procurado tipo FFP2, que em tempos de escassez crítica de suprimentos foi reservado para o pessoal médico nas linhas de frente da batalha francesa contra o coronavírus.

No início do surto, a França havia requisitado todos os estoques de máscaras e produção para distribuição a médicos, enfermeiros e prestadores de cuidados.

No entanto, em 5 de abril, a polícia de Paris deteve dois representantes de associações chinesas por posse de cerca de 15.000 máscaras.

Dois dias depois, três estudantes foram presos enquanto distribuíam "kits Covid", patrocinados por embaixadas chinesas, nos subúrbios de Paris, uma operação que levou as pessoas a acumularem-se em desacordo com os rígidos regulamentos de distanciamento social da França para conter a propagação do vírus.

Máscaras FFP2 foram incluídas em alguns dos kits, juntamente com luvas de proteção, lenços desinfetantes e medicina tradicional chinesa.