Puigdemont descarta eleições e envia para o Parlament o mandato de 1 de outubro

O parlamento catalão deverá agora votar sobre os resultados do referendo de independência.

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Puigdemont descarta eleições e envia para o Parlament o mandato de 1 de outubro

O presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, disse na quinta feira ao final do dia que não existe qualquer garantia que justifique a convocatória de eleições na Catalunha, e que cabe agora ao Parlament adotar a “mensagem” que resultou das urnas no referendo de 1 de outubro.

Falando a partir da Galeria Gótica do Palau de la Generalitat, Puigdemont explicou que na manhã de quinta feira “considerou a possibilidade de convocar eleições”, numa tentativa de “esgotar todas as vias para encontrar uma solução dialogada e acordada”, mas só se “fossem dadas garantias que permitissem realizar eleições com normalidade”.

O presidente do governo autónomo da Catalunha disse ainda que “sempre estive disposto a convocar estas eleições caso fossem dadas garantias de que estas pudessem ser celebradas em absoluta normalidade. Não há nenhuma destas garantias que justifiquem hoje a convocatória de eleições pelo Parlament”.

A decisão do presidente do governo catalão foi contra a sua própria decisão na manhã de quinta feira, quando comunicou ao movimento Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) a sua intenção de convocar eleições caso o governo central de Madrid renunciasse a aplicar o artigo 155 da Constituição Espanhola, que permite o governo direto das regiões autónomas a partir de Madrid. Segundo Puigdemont, “o meu dever era tenta-lo honestamente e lealmente, para o evitar o impacto da aplicação do artigo 155 sobre as nossas instituições”.



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